Em 2011, Josias Carlos Zortea e Margarida deram início ao projeto de empreender. Eles usaram a experiência e contatos no ramo agropecuário para abrir o próprio negócio. O negócio cresceu, deixou de ser familiar e era preciso contratar novos profissionais. O caso foi registrado em Jesuítas.
A empresa passou do auge a falência em um período de 8 anos. Os furos frequentes no financeiro despertaram a desconfiança de Josias. O período de 2013 e 2015 foi o de maior impacto nas contas da empresa.
Os envolvidos na trama são 5 ex-funcionários e o pai de um deles. O caso está na justiça. E no dia 21 de agosto, a Vara Criminal de Formosa do Oeste aceitou a denúncia feita pelo Ministério Público e os 6 agora são réus.
Os envolvidos respondem por 43 crimes, entre eles, lavagem de dinheiro, furto qualificado, apropriação indébita, estelionato e fraude processual.
O primeiro funcionário contratado para ser uma espécie de gerente foi o que deu início ao início aos desvios. Ele indiciou e trouxe outros profissionais para fazer parte de empresa, que se tornaram cumplices no esquema.
Uma auditoria contratada por Josias e que foi entregue a polícia e ao Ministério Público (MP) desvendou que o grupo subtraia valores de várias formas. Os envolvidos desviam produtos do estoque e os trocavam por carros e motos.
Emitiam recibos de vendas a prazo e desviavam os pagamentos para contas pessoais. As operações bancárias geravam comprovantes de pagamentos cujo dinheiro nunca entrou na conta da empresa.
Os furtos também aconteciam nas operações com cheque que os clientes pagavam pelas compras de produtos agrícolas. A audácia era tanta que um dos envolvidos chegou a trocar um "cheque em uma festa da igreja".
A fraude também acontecia no campo. O assistente técnico da empresa, vendia produtos sem nota, se passava por sócio da empresa e, embolsava os recebimentos.
Os envolvidos passaram a ostentar veículos, imóveis, viagens. Incompatíveis com o salário que recebiam. Em 2015, todos os funcionários pediram demissão da empresa. A família passou receber diversas ameaças. Por telefone e também pessoalmente.
A empresa faliu em 2018 e desde então, a família teve bens bloqueados para pagar dívidas da empresa, inclusive trabalhistas.
A partir de agora, o processo criminal segue para fase de instrução. Há ainda tramitando um processo civil, em que as vítimas pedem o ressarcimento de valores e bens.
Josias quer retomar o patrimônio, mas depois de toda esta trama, ele e a esposa querem mais.