Apesar de incomum crianças e adolescentes se preocuparem com os estudos durante as férias escolares, especialistas apontam que manter uma rotina de aprendizagem e a utilização da tecnologia são ferramentas importantes para diminuir um dos principais problemas enfrentados no país: a educação. Segundo o relatório apresentado pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica no Brasil (Saeb), a média de proficiência em matemática dos alunos brasileiros até o segundo ano regrediu aos mesmos patamares de 2013. Para se ter ideia, cerca de 95% dos estudantes brasileiros saem do ensino fundamental sem atingir o nível de estudo adequado para a idade e não conseguem resolver contas simples como adição e subtração.
Muitos especialistas em educação apontam que o conceito de aprender em qualquer lugar e em qualquer momento nunca fez tanto sentido. “Hoje, quando falamos em aprendizado, não há mais a dissociação entre período de férias e aulas, uma vez que é possível aprender de maneira leve e divertida com as próprias situações do cotidiano. Além disso, alguns métodos e plataformas surgiram, oferecendo ambientes divertidos, com atividades online que, estimulam a busca ativa das crianças pelos estudos, dentro e fora as escolas”, afirma Javier Arroyo, cofundador da Smartick, método de ensino que utiliza inteligência artificial para desenvolver habilidades em matemática de crianças entre 4 e 12 anos.
No retorno das atividades letivas não é diferente. Um bom exemplo disso são os aplicativos educacionais que trazem os conteúdos em forma de jogos para celulares, notebooks, computadores e tablets, e que podem despertar a atenção das crianças, permitindo que estas se tornem mais autônomas durante o processo de aprendizagem.
Além disso, especialistas apontam que mais importante que ficar horas sentados realizando exercícios, é fazer com que as crianças se divirtam enquanto aprendem. A principal motivação é propor atividades que os alunos consigam progredir e avançar por si mesmos, para que eles voltem a praticar no dia seguinte animados com o próprio desempenho, mas é muito importante que os pais saibam escolher métodos eficazes e que ofereçam segurança no acompanhamento do desenvolvimento dos pequenos.
“Muitos aplicativos trazem, além de jogos interativos, programas de exercícios em tempo real, fornecendo feedbacks instantâneos, correções e tutoriais interativos. Além disso, por meio da tecnologia, os métodos oferecem adaptabilidade, tornando-se inclusivo e eficiente para alunos com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), Síndrome de Down, Asperger, dislexia, autismo e superdotação”, explica Javier. “Além disso, vale observar o que cada aplicativo oferece, como atividades especiais para o recesso escolar, adequação ao nível de cada aluno, durabilidade das atividades, frequência e tudo que possa manter as crianças estimuladas a ter uma rotina de estudos divertida”.
Os dados comprovam. Segundo um levantamento realizado pela Smartick, cerca de 94% das crianças melhoraram a sua capacidade de cálculo, lógica e raciocínio, enquanto 83% progrediram as suas notas em matemática. Como em qualquer atividade, seja ela física ou mental, uma rotina de estudos diários auxilia no desenvolvimento de qualquer pessoa. Assim como o atleta treina para alcançar bons resultados, o progresso das disciplinas que envolvem raciocínio lógico também costumam vir de treinamentos constantes. Dessa forma, o hábito, ou cultura de estudos, só se constitui com a repetição, com o ajuste e com o aprimoramento das habilidades que são demandadas para cada tarefa independentemente do período letivo.
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