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Dia Internacional da Igualdade Feminina propõe reflexão sobre os desafios da mulher em nichos do mercado de trabalho ainda dominado por homens

Mesmo altamente capacitadas, e, muitas vezes premiadas internacionalmente, muitas profissionais ainda enfrentam desafios no mercado de trabalho

Redação
Por: Redação
23/08/2022 às 20h08
Dia Internacional da Igualdade Feminina propõe reflexão sobre os desafios da mulher em nichos do mercado de trabalho ainda dominado por homens
Divulgação

No próximo dia 26 é comemorado mundialmente o Dia internacional da Igualdade Feminina. A data foi criada nos Estados Unidos, em 1973, em homenagem à aprovação da 19ª emenda, de 26 de agosto de 1920, que concedeu às mulheres norte-americanas o direito ao voto. No Brasil a mesma conquista só foi alcançada em 1934, e o direito a exercer uma profissão só veio em 1962 com a revogação do inciso VII do artigo 242 do Código Civil Brasileiro, em que o trabalho feminino estava sujeito à autorização do marido.

“Hoje, sabemos que há uma interlocução maior com o mundo corporativo, que entende o valor da equidade, por isso a Kalvelage valoriza e incentiva grandemente o trabalho de mulheres e homens bartenders no cenário brasileiro”, declara Maurício Kalvelage, fundador da marca Kalvelage.

De origem incerta, mas que remonta há mais de 3000 anos antes de Cristo, a profissão de bartender foi por muito tempo desempenhada por mulheres. Com as diversas reformas religiosas, elas foram perdendo espaço.

Isso começou a mudar nos anos 80, quando as mulheres passaram a atuar também nesse nicho, o que levou, na época, a criação do termo bartender para classificar qualquer pessoa, independentemente do gênero, que trabalha atrás do balcão.

Formada em Gastronomia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), sommeliér de cervejas pelo Science of Beer, com diversos cursos na área de vinhos e destilados, Francesca Sanci, 27, iniciou sua carreira como bartender e hoje atua como consultora de bebidas: “Hoje, temos uma participação feminina muito grande nesse segmento, o que não diminui os desafios das mulheres que atuam nesse nicho, pois ainda há um machismo velado por parte da clientela masculina que, muitas vezes, prefere ser atendida por um homem. Já na minha posição de consultora, não raramente, e de maneira velada, percebo que alguns clientes têm problemas em levar uma mulher a sério” – declara.

A Kalvelage conta com um quadro de colaboradoras majoritariamente feminino, inclusive em cargos de liderança, e procura apoiar projetos também lideramos por mulheres dentro do setor de coquetelaria. Esperando assim, incentivar todo o mercado no mesmo movimento de igualdade.

O Dia Internacional da Igualdade Feminina, mais do que uma data celebrativa, convida todos à reflexão sobre a importância da igualdade de gêneros na construção de uma sociedade mais justa.

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