Em países com mídia livre, como o Brasil, o acesso a uma grande parcela da vida dos candidatos é frequentemente fornecido pela mídia como meio de disseminação de informações cruciais para a decisão do voto. 

Há menos de três meses do primeiro turno das eleições, muitos eleitores buscam informações sobre seus candidatos, na mídia de diversas formas: desde seu formato mais convencional, como rádio, televisão, jornal e sites, até as mais recentes, como Instagram, Facebook e Twitter, com essa facilidade em ter acesso a tais conteúdos, especialistas ressaltam que é preciso ter cautela e analisar qual o impacto dessas informações no coletivo. 

Para o especialista em marketing político, Janiel Kempers, é preciso entender até que ponto esse impacto é positivo para o processo eleitoral. “A exposição à mídia dos candidatos num processo eleitoral é uma medida fundamental para que o processo eleitoral seja válido, entretanto, precisamos entender até que ponto essa exposição é legítima, principalmente pelo fato de que, hoje a mídia consegue alcançar milhões de pessoas em questão de segundos”, pontua. 

Em estudo recente realizado pela L&C MediaGroup as características dos comunicadores e das comunicações são as exceções que podem levar a mudanças sistemáticas na intenção de voto dos eleitores. Isso ocorre devido ao modo pelo qual estão estruturados e organizados os meios de comunicação e especialmente como as notícias são agrupadas e relatadas.

Ainda segundo o estudo este tipo de influência de mídia pode acontecer simplesmente por razões que têm a ver com a credibilidade de cada veículo e não necessariamente com a opinião expressa por um comentarista específico.