Apesar de ter vencido as prévias do partido, em novembro do ano passado, Doria enfrentava resistências internas no PSDB quanto à candidatura devido ao fraco desempenho em pesquisas de intenção de voto.
O anúncio foi feito um dia antes de a executiva do PSDB se reunir para definir a estratégia do partido para a disputa presidencial de outubro.
Nas prévias, Doria havia derrotado o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio Neto. Em um processo tumultuado, o ex-governador de São Paulo recebeu 53,99% dos votos. Leite teve 44,66%, e Virgílio, 1,35%.
Longe de ser consenso dentro do partido, Doria
chegou a enviar uma carta ao presidente do PSDB,
Bruno Araújo, em 15 de maio, em que afirmava que não desistiria da candidatura e pedia "respeito ao estatuto".
Nas
últimas pesquisas de intenção de voto, João Doria tinha entre 1% e 3% da preferência do eleitorado, bem atrás dos favoritos no pleito. O ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem entre 40% e 46%, enquanto o presidente
Jair Bolsonaro (PL) tem entre 31% e 33%. O terceiro colocado na corrida presidencial é
Ciro Gomes (PDT), que tem entre 7% e 9%.