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Irrigação é a quarta revolução agrícola do Brasil

Tema foi amplamente discutido durante o encontro de revendas e distribuidores da Lindsay, em Campinas/SP

12/04/2022 às 19h11
Por: Redação
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O Brasil está entre os 10 maiores irrigantes do mundo. Segundo estudo da Agência Nacional de Águas (ANA), entre 1960 e 2015 a área irrigada no País aumentou expressivamente, passando de 462 mil hectares para 6,95 milhões de hectares (Mha), e pode expandir mais 45% até 2030, atingindo 10 Mha.  A média de crescimento estimado corresponde a pouco mais de 200 mil hectares ao ano, enquanto o potencial efetivo de expansão da agricultura irrigada aqui é de 11,2 Mha.

Estes números comprovam o quanto a irrigação é fundamental para ampliar a produção de alimentos no mundo. Além de garantir segurança ao produtor, reduzindo os impactos climáticos, a técnica ainda é um importante instrumento no uso racional da água. Suas tecnologias possibilitam irrigar apenas no momento certo, no lugar correto com a quantidade necessária para que a planta não tenha estresse hídrico gerando economia do recurso e maior produtividade da lavoura. “Por todos esses benefícios, acreditamos que a irrigação entra como a quarta revolução agrícola do Brasil”, disse Eduardo Navarro, diretor geral da Lindsay do Brasil, durante encontro com as revendas e distribuidores da marca, que reuniu mais de 70 pessoas no dia 06 de abril, em Campinas/SP.

Segundo Navarro, a primeira grande revolução no agro foi o calcário. O insumo foi o principal responsável pela recuperação de áreas degradadas. Os produtores passaram a fazer uso do produto para alcançar níveis maiores de produtividade. Na sequência veio o plantio direto, que protegeu o solo da degradação, ou seja, conseguiu manter uma unidade e proteção na seca, isso também aumentou muito a produtividade.

A técnica também foi responsável pela redução de custo de máquinas, afinal não era mais necessário gradear ou arar a terra para poder plantar. Após isso veio a biotecnologia que agregou muita produtividade, reduzindo o uso de inseticidas e herbicidas, soja e milho geneticamente modificados trouxeram muito mais produtividade e redução de custo para o produtor. “A quarta revolução é o advento da agricultura irrigada, a única tecnologia hoje capaz de agregar de 20% a 40% de produtividade, possibilitando até cinco safras a cada dois anos”, destacou o diretor da Lindsay.

Momento de transição para o Brasil

Para José Luís Coelho, consultor de agronegócio e um dos palestrantes no encontro da Lindsay, estamos vivendo um momento de transição que será um grande divisor de águas para a agricultura brasileira. Segundo ele, se olharmos para a competitividade que temos no agronegócio brasileiro em relação às outras regiões do mundo, devido aos fatores naturais, de cara já saímos em vantagem.

Isso primeiro pelo fato de estarmos em uma agricultura tropical em 70% da nossa área conseguir fazer duas safras por ano, coisa que nenhum outro país no mundo consegue, mas ainda não é o suficiente, precisamos crescer ainda mais. “O mundo deve chegar em 2050 com aproximadamente 10 bilhões de habitantes e para isso precisaríamos aumentar em 75% a produção de alimentos que existem no planeta. E só tem dois lugares no mundo que é possível fazer isso: na África e na América do Sul”, disse o consultor.

A África, devido aos problemas sociais e outros entraves, ainda vai ter dificuldade. Mas, aqui na América do Sul, o Brasil está usando apenas 9% do seu potencial agrícola para fazer essa expansão. “Com isso esse crescimento mundial passa por aqui, será de forma verticalizada e a irrigação tem um grande diferencial, pois é a única tecnologia onde é possível aumentar em algumas culturas até 100% da produtividade”, destacou Coelho. “Com isso vejo de forma muito otimista, pois o agronegócio brasileiro já é o futuro e a irrigação é o principal elemento desse futuro”, acrescentou.

Um olhar para o futuro

O tema central do encontro que reuniu 21 distribuidores que abrangem uma área de atendimento de 28 regiões de foi: “Somos o futuro”, a escolha representa muito o quanto a Lindsay se preparou e onde quer chegar. De acordo com Giovana Simioni Calazans, responsável pela área de supply chain, especialmente nestes dois últimos a empresa tem se dedicado às melhorias de processos internos, visando garantir o abastecimento de matérias primas nas melhores condições aos clientes. “A pandemia foi um dos momentos mais críticos para nossa área, eu acredito que a gente nunca enfrentou uma crise tão grave, mas dentro da Lindsay nos preparamos, nos dedicamos muito e não desistimos em nenhum momento”, lembrou.

Uma das estratégias foi manter o foco e buscar novas parcerias. Além disso, se concentraram nas melhores alternativas de abastecimento, trabalhando uma política muito intensa de estoque de segurança e também contratos firmes junto aos fornecedores para que pudessem manter a operação rodando, garantindo atendimento a todos os clientes. “O grande aprendizado que ficou da pandemia foi que podemos contar com a força das pessoas, um ponto forte que marcou foi a maneira que a gente vem preparando o time para que todos estejam prontos para superar qualquer desafio. É importante ter em mente o quanto é importante planejamento e uma estratégia com visão de futuro”, disse a profissional.

Tração na retomada

Além das mudanças de estratégia e posicionamento, também foram realizadas muitas melhorias na fábrica da Lindsay. Todas elas foram vistas de perto pelos representantes das revendas que tiveram a oportunidade de conhecer a unidade durante a visitação, em Mogi Mirim/SP. Para Cristiano Trevizam, diretor de vendas da Zimmatic, by Lindsay, o sentimento que ficou após o encontro foi que todos voltaram para casa ainda mais otimistas para a retomada do mercado este ano.

Segundo ele, essa tração vem das melhorias realizadas nos últimos dois anos e que todos puderam ver na fábrica e nas apresentações da equipe. “Estamos com um time de vendas muito mais preparado, uma cobertura muito melhor, muitos dos distribuidores aqui ampliaram suas áreas, além da parceria com quatros novos revendedores. Ou seja, melhoramos a fábrica e a distribuição, e o pessoal está preparadíssimo”, reforça Trevizam.

Para Gabriel Corrêa, economista e gerente financeiro, a empresa entra agora em um novo momento, muito mais próxima do produtor e do mercado. “Estamos nos preparando para ajudar nos financiamentos dos equipamentos. Os produtores, clientes e revendas podem esperar uma área financeira muito mais ativa”, destacou.

Após esse período de insegurança do mercado mundial, para Corrêa, agora o momento é de reconquistar a confiança dos clientes. A estratégia passa pela entrega dos pivôs equipamentos no prazo, fazendo uma venda bem amparada em financiamentos, auxiliando tanto o produtor quanto as revendas. “Vamos continuar crescendo de maneira estruturada aproveitando as oportunidades de mercado, investindo muito mais dentro de casa, na fábrica, estrutura comercial, operacional para sempre atender melhor”, finaliza.

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