O Pará está em alta com os viajantes brasileiros. É o que mostra uma pesquisa do site Viajala: o número de buscas de passagens aéreas para Santarém aumentou 54% este ano. Segundo os organizadores do levantamento, parte desse crescimento tem a ver com Alter do Chão, vila que vem ganhando destaque pelo mundo.
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O estudo analisou cinco milhões de buscas entre janeiro e setembro de 2019 a partir dos aeroportos de São Paulo e Rio, os mais movimentados do país . Segundo a pesquisa, a procura dos paulistas por Santarém subiu 90% no primeiro semestre de 2019. Já a partir da capital fluminense, a procura aumentou 200%.
"Mais do que um belo destino, o viajante brasileiro procura hoje por experiências mais autênticas", afirma Eduardo Martins, diretor nacional do buscador de voos Viajala .
Alter do Chão entrou na lista de destinos de férias dos brasileiros nos últimos anos. Desde 2017, o turismo na região vem crescendo cerca de 30% ao ano, segundo o Ministério do Turismo. Em 2018, mais de 200 mil passaram pela vila de sete mil habitantes, que tem praias de água do Rio Tapajós e areia branca e é por vezes também chamada de "Caribe brasileiro".
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O aumento na ocupação injeta dinheiro na economia da cidade (foram quase R$ 180 milhões em 2018), mas também tem criado preocupações em relação à sustentabilidade.
"Alter do Chão é dotada de uma capacidade ecoturística acentuada e tem no turismo sustentável a possibilidade de crescimento da movimentação turística com impacto positivo na experiência dos visitantes", avalia o turismólogo Rafael Arantes Maciel, que estuda a atividade na região.
O lugar é ideal para aproveitar o ‘verão amazônico’, que ocorre entre os meses de agosto a dezembro. De janeiro a julho, a ilha que se torma em maio ao rio e tornou a vila famosa praticamente desaparece.
Para o diretor do Viajala, todas as ações de responsabilidade precisam ser acompanhadas também pelos visitantes. "Não basta ter projetos de sustentabilidade se os turistas não fizerem a sua parte, sabendo os limites que a natureza exige na hora da selfie, dando espaço aos animais, não interferindo no meio-ambiente, ou seja, agindo também como fiscais da fauna e da flora"
Veja alguns hábitos simples que podem contribuir para a preservação dos pontos turísticos naturais e para a manutenção da vida nativa.
Por mais que pedras, conchas, corais, flores sejam lindos, retirá-los pensando em levar uma lembrancinha para casa não é recomendável, já que qualquer interferência humana pode trazer consequências ao meio ambiente.
Não jogue lixo em espaços públicos, respeite as políticas de separação de resíduos e evite o uso de plásticos como sacolas, canudos, talheres, bandeja e copos. Ao visitar praias, cuidado para não derrubar nada no mar.
Peixes, pássaros, lagartos, tartarugas… dê espaço aos animais, mantenha uma distância segura. Não os alimente e, caso veja algum animal ferido, chame as autoridades.
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Opte por comprar produtos de pequenos produtores e artesãos da comunidade visitada para fortalecer a economia local.
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