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Nanopartículas de ouro quiral elevam em mais de 25% eficácia de vacinas, sugere estudo

A eficácia de vacinas pode ser expressivamente aumentada, em mais de 25%, se forem agregadas como adjuvantes nanopartículas de ouro quirais, orient...

Redação
Por: Redação Fonte: Secom Estado de São Paulo
26/01/2022 às 10h40
Nanopartículas de ouro quiral elevam em mais de 25% eficácia de vacinas, sugere estudo
Foto: Reprodução/Secom Estado de São Paulo

A eficácia de vacinas pode ser expressivamente aumentada, em mais de 25%, se forem agregadas como adjuvantes nanopartículas de ouro quirais, orientadas para a esquerda. A descoberta foi feita por colaboração internacional com participação de pesquisadores brasileiros. Artigo a respeito acaba de ser publicado na revista Nature.

O estudo reuniu grupos de pesquisa das universidades de Michigan, nos Estados Unidos, e de Jiangnan, na China. A participação brasileira foi liderada por André Farias de Moura, professor do Departamento de Química da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e pesquisador do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) da FAPESP.

A investigação também recebeu financiamento da FAPESP por meio de auxílio à pesquisa concedido a Moura.

O trabalho não foi realizado com vacinas contra a COVID-19, porque começou a ser feito bem antes da atual pandemia. Os pesquisadores utilizaram vacinas desenvolvidas para uma cepa de vírus de influenza, que também não é aquela que está circulando atualmente no Brasil. Mas os resultados podem, em princípio, ser generalizados para qualquer tipo de vacina – com estudos complementares caso a caso, evidentemente. Isso porque a nanopartícula de ouro quiral orientada para a esquerda não é o princípio ativo da vacina, mas um adjuvante que potencializa a resposta do sistema imune ao imunizante.

“A chave para entender a contribuição dessas nanopartículas é o conceito de quiralidade, que se aplica a um objeto ou sistema que não pode ser sobreposto à sua imagem no espelho”, diz Moura à Agência FAPESP.

O termo deriva da palavra grega kheir, que significa mão. E o exemplo por excelência de quiralidade é dado exatamente por nossas mãos direita e esquerda. Quando nos olhamos no espelho com as duas mãos espalmadas para frente, a mão que vemos à direita da imagem é nossa mão esquerda. E vice-versa.

“Tudo que é vivo no planeta Terra é quiral. Moléculas quirais podem ter propriedades completamente diferentes, quer sejam orientadas para a esquerda ou para a direita. As duas formas quirais de uma mesma molécula são chamadas de enantiômeros. Um exemplo trágico foi o da talidomida, fármaco produzido para o tratamento de náuseas durante a gestação que, na década de 1960, causou um surto mundial de malformações em fetos. Pois, enquanto um dos enantiômeros da substância apresentava o efeito terapêutico esperado, o outro provocava atrofia nos membros do bebê que estava sendo gestado”, afirma Moura.

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