Estudantes de três empresas juniores do Instituto Federal Fluminense (IFF) se uniram para desenvolver um projeto de inovação que vai padronizar o processo da torra de café com maior monitoramento para garantir o sabor e a qualidade apresentados pelos grandes equipamentos do mercado, mas a preços acessíveis e com maior eficiência energética. O projeto denominado InovaGrão conta com recursos não reembolsáveis da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial – EMBRAPII e oferece aos alunos não apenas a experiência do empreendedorismo, mas também a vivência prática da inovação industrial.
Para chegar ao ponto de um bom café, é preciso que o processo de torra seja monitorado considerando importantes quesitos como qualidade do grão, umidade e temperatura do ambiente onde a torra acontece, entre outras combinações. Quanto mais monitorado, mais homogêneo será este processo e melhor qualidade terá o café.
Atualmente, a torrefação depende de equipamentos de alto custo e profissionais especializados, mas com o dispositivo proposto pelas empresas juniores Aurea, AlQualis e Lignum, será possível a adaptação das tecnologias existentes, com sensores de baixo custo, que irão se comunicar com um software de monitoramento dos indicadores da torra. Com isso, os profissionais que operam os pequenos torradores utilizados em cafeterias, por exemplo, poderão atingir resultados semelhantes aos dos grandes equipamentos.
O objetivo do projeto é transformar, por meio da inovação e da tecnologia, a vida de milhares de pessoas que atualmente estão inseridas no segmento de mercado do café, desde produtores até pequenos e médios comerciantes. A inovação também conta com recursos do programa Apoio às Empresas Juniores no Estado do Rio de Janeiro, da FAPERJ.
“A EMBRAPII tem se ocupado bastante do desafio em transformar invenções em inovações, e encontrou no empreendedorismo das startups um grande aliado. Esse projeto do InovaGrão irá oportunizar a experiência da inovação - ou seja, como gerir um ativo intangível de alto valor agregado, a uma aglomeração tecnológica de três empresas juniores, de três áreas de atuação diferentes, tendo a inovação como elemento agregador”, afirma Henrique da Hora, diretor do Polo de Inovação IFFluminense. “Isso não é somente mais um projeto de inovação, é a formação de futuros empreendedores que terão a experiência da EMBRAPII desde sua formação universitária.”
O Polo de Inovação do Instituto Federal Fluminense (IFF) é uma Unidade EMBRAPII habilitada para atuar com projetos de inovação que envolvem Eficiência Energética e Fontes Renováveis de Energia; Redução, Tratamento e Reaproveitamento de Resíduos; e Uso Racional de Recursos Hídricos.
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