No sábado, Celsinho chamou o quarto árbitro no intervalo da partida e apontou a pessoa que estava na arquibancada e que proferiu as ofensas racistas durante uma partida entre o Londrina e o Brusque, pela 21ª rodada da Série B.
A arbitragem então relatou que Celsinho "informou ao quarto árbitro que foi ofendido com as seguintes palavras: 'vai cortar esse cabelo seu cachopa de abelha'". A pessoas, ainda segundo a súmula, foi identificada como membro do staff do Brusque.
O Brusque se posicionou sobre o episódio e indignou torcedores nas redes sociais. Em um comunicado, o clube nega a situação e acusa o jogador Celsinho, do Londrina, de "perseguição". Ao fim da nota, a diretoria do Brusque trata o caso como "oportunismo". Segundo o Brusque, nenhum membro da comissão ou diretoria do clube teria feito os xingamentos racistas, e tais comentários são repudiados pela instituição. Apesar disso, o clube cita a súmula do jogo, em que teria sido dita a frase "vai cortar esse cabelo de cachopa de abelha" — o que também configura como um ato de racismo.
A Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) está analisando como será feita a denúncia sobre o caso de racismo relatado pelo jogador.
É a terceira vez que o jogador vira algo de ofensas racistas em campo. Há dois meses, um narrador e um comentarista da Rádio Bandeirantes Goiânia usaram termos como "cabelo pesado", "bandeira de feijão" e "um negócio imundo" para comentar do cabelo do atleta durante o jogo contra o Goiás. A dupla pediu desculpas nas redes sociais e foi afastada da emissora.
Poucos dias depois, o narrador Cláudio Guimarães, da Rádio Clube do Pará, falou que Celsinho vai "com seu cabelo meio ninho de cupim para bater na bola". Guimarães também foi afastado pela emissora no final da noite.