No local, um forte dispositivo policial começou por cercar os manifestantes, tendo-se depois afastado para em seguida começar a disparar gás lacrimogéneo.
Os manifestantes não entraram em confronto, encontrando-se apenas a gritar palavras de ordem.
Fonte policial no local disse à Lusa que o protesto não estava autorizado.
A União Nacional de Trabalhadores da Guiné-Bissau (UNTG) marcou para hoje o início de uma série de protestos, que vão decorrer até 03 de agosto, após terem falhado as negociações com o Governo.
O protesto devia ter início junto à sede da UNTG, em Bissau, e terminar na Assembleia Nacional Popular.
A central sindical tem convocado, desde dezembro, ondas de greves gerais na função pública, para exigir do Governo, entre outras reivindicações, a exoneração de funcionários contratados sem concurso público, melhoria de condições laborais e o aumento do salário mínimo dos atuais 50.000 francos cfa (76 euros) para o dobro.
O Governo guineense tem proibido a realização de manifestações por causa da pandemia provocada pelo novo coronavírus.
O decreto que prolonga o estado de alerta e que está em vigor até 24 de julho determina que as “reuniões e manifestações são permitidas, desde que se cumpram as medidas relativas ao distanciamento físico mínimo de um metro entre os participantes, ao uso correto da máscara e à higienização das mãos”.
O decreto recomenda que os “eventos levem o mínimo de tempo necessário, com vista a reduzir o período de exposição das pessoas”.