Um ataque ao navio cargueiro CSAV Tyndall, propriedade, até recentemente, de uma empresa israelense, poderia ter sido o resultado de um "erro de cálculo" do Irã, indicou no sábado (3) o jornal The New York Times, citando um funcionário anônimo da segurança nacional israelense.
O funcionário afirmou que aparentemente Teerã possuía "inteligência errada em relação à propriedade do navio". De acordo com uma declaração da empresa Zodiac Maritime, liderada pelo bilionário israelense Eyal Ofer, o navio não é mais propriedade da empresa.
Uma fonte familiarizada com a Zodiac Maritime disse à [agência britânica] Reuters que a empresa havia vendido o CSAV Tyndall há vários meses e não tinha nada a ver com o navio que foi atacado hoje
Declaração de Eyal Ofer da Zodiac Maritime: "No seguimento de relatos na mídia, podemos confirmar que a embarcação CSAV Tyndall (que foi atacada no Golfo) não pertence nem é operada pela Zodiac Maritime, que é uma empresa britânica de gerenciamento de navios".
O New York Times observou, em referência ao banco de dados da Organização Marítima Internacional das Nações Unidas, que o CSAV Tyndall é atualmente propriedade de outra empresa sediada em Londres, a Polar 5 LTD.
O ataque ao navio foi relatado no sábado (3). Nem Teerã nem Tel Aviv comentaram oficialmente o assunto, mas o canal israelense N12 teria referido que funcionários da Defesa de Israel estavam investigando a possibilidade de envolvimento do Irã no incidente.
O navio foi atacado no norte do oceano Índico, supostamente teria sido atingido por um míssil, mas acabou não sofrendo nenhum dano ou tido ferimentos em sua tripulação. O navio estaria navegando desde o porto de Jeddah, na Arábia Saudita, para Jebel Ali, nos Emirados Árabes Unidos.
Em abril foi relatado que um navio de carga de Israel e outro do Irã foram atacados ao largo da costa dos Emirados Árabes Unidos e no mar Vermelho, respectivamente. O primeiro teria sido alvo de um míssil (supostamente do Irã) e o segundo sofreu uma explosão a bordo. Israel teria notificado os Estados Unidos de que suas forças haviam atacado o navio iraniano no mar Vermelho.