Senadores aprovaram nesta quarta-feira (29) voto de pesar pela morte do ex-senador José Paulo Bisol. Defensor das causas sociais, Bisol morreu no último sábado (26), aos 92 anos, por falência múltipla dos órgãos. Durante a sessão remota desta quarta, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, pediu um minuto de silêncio pela morte do ex-senador.
O voto de pesar foi sugerido pelo senador Paulo Paim (PT-RS). Ao falar do amigo, ele destacou a carreira de Bisol na política, o fato de ter sido deputado constituinte e toda a sua luta pelos menos favorecidos. Paim desejou vida longa aos ideais de José Paulo Bisol.
— Ele era um poeta que vivia o sofrimento dos humildes e dos discriminados; de corpo e alma demonstrava as suas inquietudes. Quem o conheceu sabe que assim ele era. Suas mãos, em gestos fortes, edificavam cenários do Brasil real. Suas palavras eram vulcões em erupção; trazia a verdade com solfejos de prata.
Ao encaminhar o voto de pesar para publicação, Rodrigo Pacheco expressou seus pêsames à família do ex-senador, aos amigos e ao povo do estado que ele representava, o Rio Grande do Sul.
José Paulo Bisol foi advogado, professor, escritor, desembargador e ex-secretário de Justiça do Rio Grande do Sul. Sua trajetória política começou como deputado estadual, pelo MDB, de 1983 a 1987. Depois foi como senador, entre 1987 e 1995. E, em 1989, foi candidato a vice-presidente pelo PSB na chapa do Luiz Inácio Lula da Silva.
Bisol tinha insuficiência renal crônica e apresentou piora no quadro por choque cardiogênico e séptico. Deixou mulher, três filhos, nove netos e um bisneto.
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