O presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD-AM), atualizou a pauta da comissão e incluiu 61 requerimentos, que devem ser analisados nesta terça-feira (29) antes do depoimento do deputado deputado estadual do Amazonas Fausto Junior (MDB).
Além de dezenas de quebras de sigilos bancários e de pedidos de informações, há 18 requerimentos para convocações de novas testemunhas. Um deles refere-se ao deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara.
A iniciativa partiu do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que alega ser necessário ouvir a explicação do parlamentar. No dia 25 de junho, ao depor à comissão de inquérito, o deputado Luis Miranda (DEM-DF) disse aos senadores que o presidente Jair Bolsonaro sabia que Barros estava envolvido em irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin. Diante das denúncias, os oposicionistas integrantes da CPI alegam agora que o presidente cometeu crime de prevaricação.
Ainda sobre o mesmo assunto, está na pauta pedido para oitiva de Túlio Silveira, representante da Precisa Medicamentos, empresa que faria a intermediação com a Bharat Biotech, produtora do imunizante. O requerimento também foi apresentado por Alessandro Vieira.
A denúncia de Luis Miranda levou o senador Humberto Costa (PT-PE) a pedir a convocação de Regina Celia Silva Oliveira, servidora do Ministério da Saúde e fiscal do contrato celebrado entre a governo federal e a Bharat Biotech. Segundo ele, a funcionária é peça-chave para elucidar as suspeitas de corrupção na celebração do contrato.
Até o embaixador do Brasil na Índia, André Aranha Corrêa do Lago, pode ser convocado pela comissão de inquérito. Segundo Randolfe Rodrigues (Rede-AP), "Comunicações do Ministério das Relações Exteriores informam de reuniões do embaixador do Brasil em Nova Delhi e Francisco Emerson Maximiano. Em diferentes ocasiões foi falado sobre a quebra de oligopólio de empresas tradicionais fornecedoras de vacinas e ainda sobre a articulação junto à Câmara dos Deputados para facilitar a entrada da vacina Covaxin no Brasil". Maximiniano é sócio administrador da Precisa Medicamentos.
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