A Fundação Nacional de Artes – Funarte, em continuidade à programação do Festival Funarte Acessibilidança, apresenta, nesta quarta-feira, 30 de junho, o espetáculo , do Corpo de Dança do Amazonas (CDA). O grupo, criado em 1998, tem sólida trajetória de prêmios e apresentações no Brasil e no exterior. A exibição foi gravada especialmente para o Acessibilidança, com recursos de acessibilidade (Libras e audiodescrição), e fica disponível no canal da Funarte no YouTube. A montagem encerra a agenda da região Norte no festival, que segue com projetos das outras regiões do País, até outubro.
O renomado bailarino e professor Mário Nascimento dirige o CDA desde o início de 2020. Ele criou e coreografou durante o período de distanciamento social, com todo o elenco participando do processo de criação. “Com a pandemia, no momento de uma crise muito forte, a companhia se colocou à disposição para continuar trabalhando e para construir uma obra que começou a ser elaborada on-line e de forma coletiva”, destaca Nascimento.
A trilha musical é composta pelos (), de Mozart, por sugestão do maestro Marcelo de Jesus, da Orquestra de Câmara do Amazonas (OCA), parceira da montagem. , em latim, significa “solaz”, palavra associada a “distração”, “divertimento” e “consolação”. “O espetáculo de dança é consolador, traz alegria e descontração. Assim como a música utilizada: um divertimento, em que Mozart faz uma ode ao ato de brincar”, explica o diretor do coletivo.
Com o prêmio Acessibilidança, o CDA investiu na inclusão de ferramentas de acessibilidade para . Para Nascimento, a iniciativa da Funarte de promover um festival de âmbito nacional, em um momento tão complicado, é “maravilhosa”. Ele também fala sobre a importância do espetáculo para o grupo: “É um trabalho de superação e de dedicação da companhia ter conseguido fazer uma obra relevante para o CDA neste momento”.
O coletivo informou que os ensaios e a gravação foram realizados seguindo estritamente as medidas sanitárias para enfrentamento da covid 19.
Sobre o diretor e coreógrafo
Mário Nascimento nasceu em Cuiabá (MT). Iniciou carreira em São Paulo (SP). Formado por grandes nomes da linguagem artística como Toshie Kobayashi, Lennie Dale e Tony Abbot, consolidou forte trajetória profissional no Brasil e no exterior. Foi autor e coreógrafo para reconhecidos grupos brasileiros. Tem produzido também para a própria companhia, que leva seu nome. O artista já havia colaborado com o CDA, com o espetáculo criado por ele, , também apresentado com audiodescrição, em 2010.
O Corpo de Dança do Amazonas (CDA)
Com um elenco que, em geral, soma 23 bailarinos, o Corpo de Dança do Amazonas foi criado em 1998 para integrar os corpos artísticos do Teatro Amazonas – gerenciado pelo Governo desse Estado, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Amazonas, em parceria com a Agência Amazonense de Desenvolvimento Cultural (AADC). O repertório do coletivo conta com mais de 60 obras, criadas com a colaboração de artistas do Brasil e do exterior, entre elas: , de Luiz Arrieta; , de Ronald Brown; e , de Ivonice Satie. O CDA participou de eventos nacionais e internacionais importantes, como Latinidades (2003) e Ano do Brasil na França (2005). Recebeu convite para participar de festivais nacionais e internacionais; ganhou prêmios; e foi contemplado em editais de diversas instituições. Realiza, ainda, atividades escolares e de experiência profissional com a população, como os projetos e .
O Festival Funarte Acessibilidança