Faltam apenas sete dias para encerrar o prazo de atualização cadastral do rebanho paranaense. Diferentemente de 2020, quando houve duas etapas, neste ano o período único começou em 1.º de maio e termina em 30 de junho.
Os últimos números divulgados pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) nesta quinta-feira (24) apontam que 63,5% do rebanho estimado do Estado já foi cadastrado. Faltam, portanto, 36,5%. ConfiraAQUIa evolução diária dos números por núcleo regional e por município.
Jussara, Matinhos, Ourizona, Pontal do Paraná, São Carlos do Ivaí, São Jorge do Ivaí, São Manoel do Paraná e Tunas do Paraná atingiram 100%. Outros 28 municípios estão acima de 90% e 46 acima de 80%.
Os piores classificados são Porto Amazonas (30%), Campo Magro (25,8%), Quatro Barras (22,8%), Mandirituba (20,5%) e Colombo (13,9%), todos na região da Capital, além de Curitiba (28,7%).
A partir de 1º de julho, os que não estiverem com o registro atualizado no sistema da Adapar terão negada a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA), impossibilitando movimentação entre propriedades ou no transporte para abate. Além disso, o proprietário poderá ser multado em dez Unidade Padrão Fiscal (UPF). Em junho, o valor da UPF no Paraná é de R$ 113,54.
BUSCA– A atualização é fundamental para auxiliar a vigilância sanitária e garantir a manutenção do status internacional de área livre de febre aftosa sem vacinação. A certificação foi concedida em 27 de maio pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), depois de mais de 50 anos de esforço conjunto de entidades públicas e privadas e da cooperação de produtores.
“Atualizar o cadastro é um dever para sustentar o reconhecimento internacional da boa sanidade do nosso rebanho”, afirmou o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara. Segundo ele, o objetivo primeiro não é aplicar multa, mas o Estado tem a obrigação de buscar quem não comprovou. “Quem não fizer o cadastro está expondo a um risco desnecessário o seu vizinho e a economia do Paraná, que é líder na produção de proteínas animais”, disse.
A Adapar tem todas as propriedades rurais georreferenciadas no Estado, mas precisa dos dados internos de produção com vistas a tornar mais ágil e eficaz uma ação de controle no raio em torno, caso ocorra um eventual foco de aftosa, o que é possível, visto se tratar de um vírus. “Precisamos dessa informação para planejar todas as ações”, acentuou o presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins.
CAMINHOS– A atualização é exigida para todas as espécies animais existentes na propriedade (bovinos, búfalos, equinos, asininos, muares, suínos, ovinos, caprinos, aves, peixes e outros animais aquáticos, colmeias de abelhas e bicho-da-seda).
Os produtores podem fazer de forma direta por meio do linkwww.produtor.adapar.pr.gov.br/comprovacaorebanhoou em uma das Unidades Locais da Adapar, Sindicatos Rurais ou Escritório de Atendimento de seu município (prefeituras). Para fazer a comprovação, o produtor deve ter o CPF cadastrado. Nos casos em que seja necessário ajustar o cadastro inicial, o telefone para contato é (41) 3200-5007.