Os aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) disseram neste domingo (13), que vão implementar um novo conjunto "ambicioso" de iniciativas estratégicas militares para garantir altos níveis de defesa contra "ameaças" vindas de Moscou, e continuar com o monitoramento das atividades da Rússia ligadas à Ucrânia.
"Os aliados se comprometerão com a implementação de novos conceitos e estratégias militares que fortaleçam a postura de dissuasão e defesa da OTAN para enfrentar ameaças da Rússia e de outros lugares", anunciou um comunicado Casa Branca publicado antes da cúpula da aliança em Bruxelas, marcada para segunda-feira (14).
"A OTAN também continua monitorando os posicionamentos russos na Ucrânia e nos arredores", completa o comunicado.
A Casa Branca menciona que os 30 países membros concordariam em revisar o "Conceito Estratégico" da OTAN para em 2022 orientar sua "abordagem ao ambiente estratégico em evolução, que inclui as políticas e ações agressivas da Rússia; desafios colocados pela República Popular da China à nossa segurança coletiva, prosperidade e valores e ameaças transnacionais, como terrorismo, ameaças cibernéticas e mudanças climáticas".
"Os líderes aliados irão lançar um ambicioso conjunto de iniciativas para garantir que a OTAN continue a fornecer segurança aos nossos cidadãos até 2030 e além", acrescentou o comunicado.
A agência Reuters relatou anteriormente que era esperado que o Conceito Estratégico da OTAN incluísse a ascensão militar da China como um desafio pela primeira vez.
Os líderes da OTAN irão endossar uma nova Política de Defesa Cibernética, aumentando a coordenação para garantir que a aliança "seja resiliente contra as ameaças cada vez mais frequentes e graves. A Casa Branca acrescentou que os membros da aliança dependeriam de "provedores confiáveis para redes de telecomunicações de próxima geração".
Ainda segundo o comunicado dos EUA, a OTAN também vai garantir medidas para "vantagem tecnológica" da aliança e menciona um "Plano de Ação de Segurança Climática", incluindo a redução dos gases de efeito estufa das atividades e instalações militares.
Rússia, Afeganistão, mudança climática e novas tecnologias estão entre os tópicos planejados para discussão durante a cúpula de um dia para a qual o presidente Joe Biden já se encontra na Bélgica.
O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, definirá nove áreas onde a organização pode se modernizar a médio prazo, incluindo mais financiamento aliado a um conjunto de operações militares. A França já demonstrou preocupação com a proposta, pois teme precisar tirar verbas de seus prioridades militares internas.