Em pronunciamento nesta quinta-feira (10), o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) pediu o apoio da sociedade civil a uma petição pública pelo fim dos supersalários na administração pública.
Segundo ele, 25 mil servidores recebem valores superiores ao teto de salário do setor público, que é de R$ 39.293,32. O pagamento acima do limite constitucional é, na opinião do senador, injusto e representa uma despesa anual de R$ 2,6 bilhões.
— A gente tem no nosso país essas desigualdades gigantes e tem uma casta que está acima das demais, com privilégios, com benesses, mordomias, regalias. E tudo isso, a gente precisa acabar — disse o senador, informando o endereço do site para assinar a petição, o Brasil sem Privilégios.
Girão lembrou que em países da Europa a situação é diferente. Segundo ele, lá é possível ver ministros usando o metrô para ir ao trabalho ou compartilhando assessores.
O próprio senador revelou que, antes mesmo de tomar posse, no dia 1º de fevereiro de 2019, teve a iniciativa de abrir mão do que ele considera alguns privilégios a que tem direito o parlamentar, como o uso de apartamento funcional, carro com motorista, plano de saúde vitalício e aposentadoria especial. Ele disse ainda que trabalha com uma equipe reduzida em seu gabinete. Segundo Girão, ao longo desse período, essas medidas representaram uma economia de R$ 4 milhões aos cofres públicos.
— Eu tenho um projeto de lei [PL 225/2020] para que essa verba economizada seja, de alguma forma, destinada a entidades, destinada à saúde.