O jornal francês divulgou fotografias dos documentos atribuídos a várias pessoas que pagaram entre 50 mil e 200 mil euros para obterem a falsa declaração, sendo que o pagamento era feito como “um donativo” ao país e passaria através de uma organização não-governamental.
Estes passaportes permitem circular sem controlo nos aeroportos, assim como movimentar grandes somas de dinheiro sem justificação dentro da União Europeia.
No entanto, sem estarem declarados às autoridades francesas, estes documentos não permitiam imunidade diplomática.
O processo era facilitado por um empresário instalado perto dos Campos Elíseos, através de “um próximo de um filho de um antigo Presidente” guineense, que não foi identificado, que abriria as portas do Ministério dos Negócios Estrangeiros em Bissau.
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) confirmou ao jornal que nenhum dos nomes da investigação estava acreditado junto desta instituição como fazendo parte da delegação da Guiné-Bissau.
A Embaixada da Guiné-Bissau em Paris desmentiu os factos e disse que “um passaporte não se compra”.