O secretariado do bureau político do comité central do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), em comunicado tornado público hoje, “encoraja” igualmente João Lourenço a “permanecer firme na liderança do combate sem tréguas à corrupção, à impunidade e ao nepotismo”.
Para os ‘camaradas’ do MPLA, no poder desde 1975, as ações em curso visam a “moralização da sociedade”.
O combate à corrupção, à impunidade e ao nepotismo constituem alguns das bandeiras da governação de João Lourenço, também presidente do MPLA, há quase quatro anos no poder.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) angolana anunciou na passada semana a detenção do major Pedro Lussati, ligado à Casa de Segurança do Presidente da República angolana, encontrado na posse de milhões de dólares, kwanzas e euros guardados em malas e caixotes.
Foram igualmente apreendidos vários bens móveis e imóveis do oficial militar indiciado pelos crimes de peculato, retenção de dinheiro e associação criminosa.
Mais de 10 oficiais generais, incluindo o ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente angolano, Pedro Sebastião, já foram exonerados por João Lourenço na sequência deste caso cujo processo continua sob investigação na PGR.
Para a oposição angolana, está-se diante de um “escândalo” que traz à ribalta as “fragilidades do sistema de segurança” de João Lourenço e do “Estado angolano em geral”.
Hoje, na sua décima reunião ordinária orientada pela vice-presidente do partido, Luísa Damião, o comité central do MPLA saudou igualmente João Lourenço pela mensagem dirigida à nação sobre as “execuções sumárias” de 27 de maio de 1977 “solidarizando-se com o seu conteúdo”.
Assuntos sobre a vida interna do MPLA nortearam os trabalhos deste reunião, que decorreu em Luanda, onde os participantes saudaram o Dia Mundial da Criança, 01 de Junho, e encorajaram ainda o executivo angolano a “prosseguir com as medidas de políticas” que visam garantir a proteção dos direitos da criança angolana.