Depois de fazer escala em Cali, epicentro dos mais violentos protestos contra o governo, o presidente Iván Duque visitou Popayán, capital do departamento de Cauca, onde ele se reuniu com o prefeito da cidade, Juan Carlos López, e o governador de Cauca, Elías Larrohondo. Na ocasião, Duque ordenou um aumento de 25% das forças do Exército na capital do departamento. O presidente colombiano afirmou que a decisão é tomada após os atos de vandalismo dos últimos dias.
"Popayán testemunhou graves atos de vandalismo e terrorismo urbano de baixa intensidade, ataques à infraestrutura pública, roubo de armas de uma Unidade de Reação Imediata, furto de entorpecentes apreendidos e queima de documentos", disse Iván Duque.
Ele também ordenou patrulhas combinadas com as forças de segurança locais para "a proteção da infraestrutura estratégica" e enfatizou que seu governo fez "investimentos históricos" nesta área como parte de um plano de reativação econômica. O presidente postou vídeos de pronunciamentos sobre as medidas em seu Twitter.
Para garantir a segurança de Popayán, aumentaremos em 25% a pegada da cidade, com assistência militar. Avançaremos os processos de abastecimento e desbloqueio. Com a Unidade de Informação e Análise Financeira da Colômbia faremos o rastreamento do dinheiro que financia quem faz mal aos colombianos.
A decisão vem depois de medidas semelhantes tomadas na vizinha cidade de Cali, onde o presidente ordenou um "máximo envio de assistência militar à Polícia". A medida implica triplicar a presença militar na região, disse o presidente, que garantiu que o destacamento terá "toda a capacidade operacional e logística" e continuará até que a normalidade seja restaurada.
A Colômbia viveu um novo dia de mobilização social convocada pelo Comitê Nacional de Desemprego (CNP), um mês após o início dos protestos que resultaram em fortes confrontos entre civis e policiais em diferentes cidades, além de motins, saques e atos de vandalismo. O gatilho foi a rejeição de uma polêmica reforma tributária e outras medidas promovidas pelo governo Duque.