Em pronunciamento nesta quinta-feira (27), o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) afirmou que vai continuar buscando a verdade de forma pacífica na CPI da Pandemia, apesar da agressividade de alguns integrantes do colegiado, incluindo aí o seu presidente, senador Omar Aziz (PSD-AM).
Num episódio ocorrido na quarta-feira (26), Girão disse que foi vítima da "fúria" de Omar Aziz, depois de questionar o argumento de que o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), foi convocado para comparecer à CPI na condição de presidente do Consórcio Nordeste, formado pelos estados da região.
Segundo o senador, Wellington Dias comparecerá por causa de indícios de irregularidade no uso de dinheiro destinado pela União ao Piauí para o combate da pandemia. Girão lembrou que houve uma operação da Polícia Federal para apurar esse suposto desvio.
— Então, não é por causa do Consórcio Nordeste. Foi aí que eu insisti, ontem [26], durante a sessão, de forma respeitosa e calma, para que incluísse o governador da Bahia, Rui Costa, porque ele era o presidente do Consórcio Nordeste no escândalo do ano passado, que é um escândalo nebuloso, algo muito triste, que foi comprar antecipadamente, [com] quase R$ 50 milhões do povo nordestino, 300 respiradores que até hoje não chegaram. Detalhe: da indústria da maconha. [De] uma empresa, com sede em Miami, que comercializa produtos à base da maconha. E esses respiradores não chegaram. O que tem a ver covid-19, com respirador e com maconha, eu não sei, mas tô querendo descobrir".
Girão afirmou ainda que foi um avanço a aprovação de requerimentos de convocação de governadores para a prestação de esclarecimentos à CPI da Pandemia.