De acordo com as palavras de Mohammad Bagher Ghalibaf, citado pela agência de notícias Fars, "a AIEA não tem direito de acesso às gravações das câmeras e informações da Organização de Energia Atômica do Irã por causa da expiração do prazo".
Em 23 de fevereiro, a República Islâmica limitou a atividade de inspeção da AIEA, conforme a lei "Medida Estratégica para Cancelamento de Sanções", a qual prevê a suspensão das verificações alargadas e do protocolo adicional ao acordo com a AIEA.
O lado iraniano explicou que a medida pode ser invertida se os signatários do acordo nuclear cumprirem as exigências de Teerã. Isso não significa a recusa da cooperação com a organização, tal como o cancelamento de todas as inspeções – os contatos serão efetuados no âmbito da não proliferação de armas nucleares.
Ao mesmo tempo, antes de limitar a atividade da organização, o Irã chegou a um acordo provisório, que prevê a continuação da atividade de verificação "necessária" durante um período de três meses.
Por sua vez, a AIEA explicou que as autoridades iranianas deram três meses para a retirada das sanções para que o acesso à informação em certas instalações nucleares seja restaurado. A lista de objetivos possui caráter confidencial.
O Irã deveria guardar os dados durante esses três meses sem os transferir para a AIEA. O prazo previsto expirou em 22 de maio.
Um dos desafios da diplomacia global atual se encontra no diálogo entre Irã e Estados Unidos para o retorno ao acordo nuclear, conhecido como Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), o qual Washington se retirou em 2018 sob administração de Donald Trump. Recentemente, os dois países decidiram tentar um diálogo conjunto que começou em Viena, na Áustria, no início de abril. Apesar dos encontros, resoluções definitivas não foram acordadas.