A senadora Leila Barros (PSB-DF) quer que o Ministério da Educação (MEC) responda ao Senado se vai haver Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2021. Durante sessão remota desta quinta-feira (13), ela demonstrou preocupação com o atraso no cronograma e com o fato de portaria publicada na segunda-feira (11) não citar a aplicação do exame. A senadora pediu que o requerimento ao MEC seja analisado pela Comissão Diretora.
A Portaria foi publicada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, responsável pelo Enem. O documento trata das metas globais do instituto para 2021 e, segundo a senadora, a aplicação do Enem não está entre essas metas, ao contrário do que acontece com outros exames de responsabilidade do Inep. No caso do Enem, as metas trazem apenas o planejamento e a preparação técnica do exame.
— O que está em jogo é o futuro da educação dos nossos jovens. Se, por algum motivo, o MEC confirmar que não conseguirá realizar os exames, ainda há tempo hábil para corrigir esses rumos — alertou a senadora, que apontou um desmonte na educação e lembrou as várias trocas no comando da pasta, com quatro ministros em dois anos e meio de governo.
O requerimento de informações foi protocolado pela senadora em 30 de abril, quando já havia informações sobre o atraso no cronograma do Enem. Normalmente, as inscrições para o exame se iniciam em maio, mas o cronograma é divulgado antes. A definição dessas datas, que ainda não foi divulgada pelo MEC, está entre as 25 perguntas feitas pela senadora no documento.
Em nota publicada nesta quinta-feira, o Inep informou que está concluindo o processo de planejamento e elaboração do cronograma de aplicação do Enem 2021. O instituto afirma ter orçamento para fazer o Exame e diz que a intenção é que as provas sejam feitas ainda neste ano, seguindo os requisitos sanitários para uma aplicação segura.
“Todas as informações sobre o exame serão publicadas nos editais, assim que houver as definições necessárias. Não há, ainda, confirmação sobre a data de realização das etapas” diz a nota do instituto.