Em pronunciamento nesta quarta-feira (12), o senador Eduardo Girão (Podemos-CE), disse que a CPI da Pandemia está sendo usada como "palanque", antecipando o calendário político e até o julgamento, com um claro viés contrário ao governo do presidente Jair Bolsonaro.
— Para mim, esse relatório já está pronto, porque já foi dito para a imprensa por alguns membros, inclusive pelo relator, quem é o culpado e quem é o inocente — declarou Girão.
Ele afirmou que uma evidência dessa parcialidade dos trabalhos da CPI seria a forma em que foram tratados depoentes situacionistas, como o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e críticos do governo, como o ex-ministro da pasta, Luiz Henrique Mandetta. Para Girão, o primeiro foi inquirido de forma ríspida, enquanto o outro recebeu um tratamento benevolente e até amistoso.
Girão criticou especialmente o fato de a CPI, até o momento, não ter dedicado sua atenção aos desvios de recursos que teriam ocorrido em estados e municípios, concentrando-se unicamente nas ações do governo federal. Ele garantiu que continuará a atuar no sentido de que um equilíbrio nos trabalhos da CPI e pediu à população que "se mantenha vigilante".