Os 70 anos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) serão comemorados pelo Senado em sessão especial remota nesta sexta-feira (7) às 14h30. O autor do requerimento para a homenagem, senador Izalci Lucas (PSDB-DF), ressalta que a atuação do órgão tem marcado a história nacional, elevando o Brasil à categoria de um dos poucos países no mundo em que a capacidade técnico-científica gera capacidade de atuação frente a desafios como a crise sanitária decorrente da pandemia de covid-19.
"São 70 anos muito produtivos para o país, que assegura, por meio do CNPq, credenciais para participar das fronteiras da descoberta científica, das aplicações tecnológicas mais avançadas e da criação de riqueza que advém da inovação, além da garantia da soberania nacional por meio do conhecimento e da garantia de presença de pesquisadores brasileiros em áreas estratégicas como a Amazônia, os arquipélagos e o continente Antártico", aponta o parlamentar.
No requerimento, informa Izalci também que o "CNPq é, ainda, responsável pelo maior banco de currículos da América Latina, a Plataforma Lattes, criada em 1999, com mais de 7 milhões de currículos cadastrados, mantém fomento a cerca de 80 mil bolsistas anuais, em todas as áreas do conhecimento, bem como 102 Institutos Nacional de Ciência e Tecnologia e grandes programas que propiciam o investimento de longo prazo em pesquisas científicas com impacto e reconhecimento internacionais”.
Entre os convidados para a solenidade desta sexta-feira estão o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes; o presidente do CNPq, Evaldo Vilela; a presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader, e o pesquisador do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) e ganhador da Medalha Fields Artur Ávila.
Inicialmente subordinado à Presidência da República, o CNPq foi transformado no atual Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico em 1964. Até a criação do Ministério da Ciência e Tecnologia, em 1985, o CNPq coordenava a política nacional de ciência e tecnologia, constituindo a espinha dorsal da ciência brasileira, incluindo diversos institutos nacionais de pesquisa vinculados. Passou, então, a integrar a estrutura do ministério, tendo como principal atribuição o fomento à pesquisa científica e tecnológica e à inovação, bem como a formação de recursos humanos de alto nível para a pesquisa em todas as áreas do conhecimento.
O conjunto dessas instituições, ao longo de muitas décadas, permitiu a criação de um amplo aparato acadêmico no país, com a formação de recursos humanos inicialmente no exterior, a constituição de uma diversificada infraestrutura de pesquisa científica e tecnológica, a criação e a consolidação de uma rede de cursos de pós-graduação distribuídos por todo o país e progressos na ciência, na tecnologia e na inovação de base científica.