Após o ataque de um jovem de 18 anos que matou a facadas duas professoras e três crianças em uma escola de ensino primário em Saudades (SC), na terça-feira (4), o senador Esperidião Amin (PP-SC) solicitou, durante sessão remota nesta quarta-feira (5), que a Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado (CE) realize audiência pública para avaliar a lei que criou o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying). O senador disse que a Lei 13.185, de 2015, estabelece diretrizes capaz de identificar e conscientizar sobre o bullying como forma de prevenção.
Para Esperidião Amin, a melhor forma de manifestar o pesar sobre tragédias como a que aconteceu em Santa Catarina é buscar a prevenção com base na lei. Ele declarou que é necessário que a Comissão de Educação avalie o que aconteceu com essa lei e quais foram as providências tomadas pelas secretarias de educação.
— Quais foram as providências tomadas pelas secretarias estaduais e municipais? O que se pode fazer? Porque esse problema de bullying nas escolas só tende a aumentar depois desse período de pandemia, em que a maior parte das escolas não funcionando em regime presencial e com os graves problemas psicológicos que afetam a toda a população, especialmente a juventude — afirmou.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ressaltou a pertinência dessa solicitação e manifestou pesar pelo que aconteceu em Santa Catarina.
— Eu gostaria, em nome da Presidência do Senado Federal, de manifestar o nosso profundo pesar às famílias e ao povo do município de Saudades por essa tragédia terrível que assolou o estado de Santa Catarina e todo o Brasil — declarou.
Também durante a sessão desta quarta-feira, os senadores lamentaram a morte do ator e humorista Paulo Gustavo, mais uma vítima da covid-19. Após quase dois meses internado por complicações da doença, o ator faleceu nesta quarta-feira (4). Rodrigo Pacheco reforçou o talento e a importância do artista para o país.
— Gostaria de manifestar, obviamente a todas as vítimas do coronavírus, que já são muitas no Brasil, o nosso profundo pesar e, em especial, o registro de uma morte que impactou muito a todos nós de alguém muito querido por todos os brasileiros, que é o ator Paulo Gustavo, que sucumbiu ao coronavírus depois de uma longa batalha, uma luta muito grande com essa doença, e que veio infelizmente a falecer — disse.
A senadora Rose de Freitas (MDB-ES) também manifestou seu pesar pelo falecimento.
— Lamentamos profundamente a perda de uma pessoa que nos deu tanta alegria e tantos sorrisos, que é o ator Paulo Gustavo. Aprendemos a sorrir com ele. O povo brasileiro tem dificuldade de sorrir, e agora perdemos quem nos motivava a sorrir. Só a sua aparição já arrancava risos de todos os brasileiros pela generosidade do seu trabalho — declarou ela.
Para o senador Fabiano Contarato (Rede-ES), é inaceitável que o país continue perdendo vidas para uma doença para a qual já existe vacina. Ele declarou que o governo federal deve ser responsabilizado por essas mortes.
— É inadmissível nós perdermos 412 mil brasileiros, e aqui eu faço menção também ao querido ator Paulo Gustavo, havendo vacina! Por isso que é de fundamental importância responsabilizar o governo federal e quem de qualquer forma tenha concorrido para esse genocídio, porque é uma matança em massa que está acontecendo no Brasil, nós não podemos negar isso — protestou ele.