Durante discurso ao Congresso dos EUA na quarta-feira (28), Joe Biden comentou inúmeras vezes a relação de Washington com Moscou, chegando a declarar que não busca aumentar tensões e a advertir Moscou das "consequências" em caso de conflito.
"Com relação à Rússia, deixei bem claro ao presidente [Vladimir] Putin que, embora não busquemos uma escalada [de tensões], suas ações têm consequências", disse Biden.
Por outro lado, Joe Biden observou que ambos os países poderiam cooperar em áreas de interesse comum.
O autor do artigo Mark Episkopos, especialista em segurança nacional, afirmou que, com estas declarações, o líder dos EUA deu o "último aviso" ao presidente da Rússia, Vladimir Putin.
Edição destaca que, em caso de agravamento das relações, Estados Unidos vão ter de "lutar em duas frentes": com a Rússia e com a China ao mesmo tempo.
"À medida que a administração Biden se prepara para uma política de confronto de valores com Moscou e Pequim, Washington não pode dar-se ao luxo de perder de vista os riscos geopolíticos subjacentes ao triângulo estratégico EUA-China-Rússia", aponta jornalista.
No final de abril, Wang Wenbin, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, afirmou em relação às sanções norte-americanas contra a Rússia que o gigante asiático é totalmente contra a aplicação de medidas restritivas unilaterais, e valorizou a relação entre Pequim e Moscou.
Wang também assegurou que a China e a Rússia "se apoiarão mutuamente" em todos os assuntos relacionados à proteção da soberania nacional.