A cúpula e o Anexo 1 do Senado serão iluminados de vermelho a partir desta segunda-feira (12) e até o próximo dia 20, para marcar a passagem do Dia Internacional da Hemofilia, comemorado anualmente em 17 de abril. O pedido, aprovado pela Primeira-Secretaria do Senado, é do Ministério da Saúde e visa chamar a atenção do público para os sintomas e o diagnóstico precoce da doença.
O dia 17 de abril foi escolhido em homenagem ao aniversário de Frank Schnabel, fundador da Federação Mundial de Hemofilia e empresário canadense que sofria de uma forma severa da doença.
A hemofilia é uma doença genético-hereditária que se caracteriza por desordem no mecanismo de coagulação do sangue. Ela se manifesta quase exclusivamente nos homens. De acordo com a Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde, existem dois tipos da doença: a hemofilia A, que ocorre por deficiência do fator VIII de coagulação do sangue, e a hemofilia B, por deficiência do fator IX. A doença pode ser classificada ainda segundo a quantidade do fator deficitário, em três categorias: grave (fator menor do que 1%), moderada (de 1% a 5%) e leve, acima de 5%. Neste caso, às vezes, a enfermidade passa despercebida até a idade adulta.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) coloca o Brasil como quarto colocado no mundo em número de pacientes diagnosticados, cerca de 12 mil pessoas.
Ainda sem cura, a hemofilia possui causa genética e hereditária e é caracterizada por sangramentos que se repetem espontaneamente, principalmente nos casos graves e moderados da doença. Estima-se que em cerca de 70% dos casos confirmados exista a repetição de uma história familiar, mas em 30% das ocorrências, a doença é espontânea, causada por uma mutação genética.
Os principais sintomas são dores fortes, inchaço nas articulações, especialmente cotovelos, joelhos e tornozelos, e dificuldade em realizar movimentos. As hemorragias, intramusculares ou intra-articulares, se não forem controladas, podem desgastar as cartilagens e provocar lesões ósseas.
O tratamento da hemofilia consiste, basicamente, na reposição do fator anti-hemofílico. Paciente com hemofilia A recebe a molécula do fator VIII, e com hemofilia B, a molécula do fator IX. Os hemocentros distribuem gratuitamente essa medicação que é fornecida pelo Ministério da Saúde.
Quanto mais precoce for o início do tratamento, menores serão as sequelas deixadas pelos sangramentos. O paciente e seus cuidadores devem ser treinados para fazer a aplicação do fator em casa.
Com informações do Ministério da Saúde e da Agência Senado