Em pronunciamento nesta quinta-feira (8), o senador Paulo Paim (PT-RS) defendeu a volta da política de valorização do salário mínimo. Ele argumenta que essa medida, além de servir de estímulo à atividade econômica, pode auxiliar a população mais pobre a enfrentar o aumento do custo de vida.
— Em 12 meses, o arroz subiu 70%; o feijão, 50%; a cebola, 69%. O bujão de gás ultrapassou R$ 100, o leite subiu 27%, as frutas aumentaram 26%, a carne aumentou mais de 20% e o tomate, 53% — afirmou.
O parlamentar também mencionou os aumentos dos preços do diesel, da gasolina, da energia elétrica, dos remédios, do aluguel e das roupas. Segundo ele, a cesta básica já toma 60% do salário mínimo, a pior proporção nos últimos 15 anos. Paim lembrou que a inflação de 2020 foi mais do que o dobro da registrada em 2019, tendência que, na sua opinião, se mantém no ano atual.
Após destacar que os pobres são os que mais sofrem e que o novo auxílio emergencial tem um valor muito baixo, Paim destacou que a classe média também está sentindo no bolso a desorganização da economia brasileira. Para ele, o país é hoje uma "nave sem rumo".
O senador também reiterou que é necessário ampliar a campanha de vacinação contra a covid-19 por meio da quebra temporária de patentes dos imunizantes. Tramita no Senado um projeto de lei, de sua autoria, com esse objetivo: o PL 12/2021. Esse projeto estava na pauta de votações do Senado na quarta-feira (7), mas teve sua votação adiada.