Em pronunciamento nesta quinta-feira (8), o senador Marcos Rogério (DEM-RO) criticou o voto do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), durante julgamento sobre restrições ao funcionamento de templos como medida para frear a disseminação da covid-19. O ministro se manifestou contra tratamento distinto a celebrações religiosas no caso da adoção, pelos entes federativos, de medidas restritivas com objetivo de conter a pandemia. Para o senador, no entanto, o voto de Gilmar Mendes ofende a fé dos brasileiros.
— Para o ministro, ir a um escritório fechado, ao supermercado ou sair para trabalhar de ônibus é menos arriscado do que ir ao culto ou missa, mesmo que a celebração seja segura e outras atividades, não. Será que isso faz sentido? Por que vota para proibir as pessoas de cultuarem, rezarem e estarem na presença de Deus justamente quando elas mais precisam?
Marcos Rogério afirmou que visitou vários templos religiosos em Rondônia e encontrou verdadeiros exemplos de higiene, organização, segurança e respeito à vida de cada fiel. Segundo ele, os templos seguem todos os critérios estabelecidos pelas autoridades públicas de saúde, como a limitação no número de pessoas e o distanciamento entre os bancos.
O senador declarou ainda que não cabe ao STF mandar ou autorizar que "fechem as igrejas", pois seu funcionamento é uma garantia constitucional.
— Não se trata de funcionar de qualquer maneira, mas sim obedecendo os protocolos de segurança sanitária. A prática religiosa não irá agravar a crise da saúde na pandemia. Pelo contrário, o contato com Deus irá ajudar as pessoas a atravessar esse período tão tormentoso — disse.