“O secretariado-geral da OCI condena nos termos mais fortes os ataques terroristas perpetrados na província de Cabo Delgado, na República de Moçambique” e “expressa a sua preocupação com os desenvolvimentos na vila de Palma”, referiu um comunicado divulgado na quarta-feira no portal da organização.
No documento, a organização, sediada em Gidá, na Arábia Saudita, expressa a sua solidariedade com Moçambique e, através do seu secretário-geral, Yousef Al-Othaimeen, apresenta as suas condolências às famílias das vítimas dos ataques, ao Governo e ao povo do país lusófono.
A OCI reiterou também a sua posição “contra todas as formas de terrorismo e extremismo”.
A organização é composta por 57 países, entre os quais Moçambique, que é membro desde 1994.
A província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, é desde há cerca de três anos alvo de ataques terroristas e o mais recente aconteceu no passado dia 24, em Palma, em que dezenas de civis foram mortos, segundo o Ministério da Defesa moçambicano.
A violência está a provocar uma crise humanitária com quase 700 mil deslocados, segundo agências da ONU, e mais de duas mil mortes, segundo uma contabilidade feita pela Lusa.
O movimento terrorista Estado Islâmico reivindicou na segunda-feira o controlo da vila de Palma, junto à fronteira com a Tanzânia.
Vários países têm oferecido apoio militar no terreno a Maputo para combater estes insurgentes, mas, até ao momento, ainda não existiu abertura para isso, embora haja relatos e testemunhos que apontam para a existência de empresas de mercenários sul-africanos a operar na região.