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“Guaidó russo”: Entenda o papel de Navalny para tirar Putin do poder a mando dos EUA

O modus operandi que está ocorrendo na Rússia é o mesmo que foi aplicado no Brasil e em vários outros países do mundo. O modelo que a CIA

Redação
Por: Redação Fonte: https://dialogosdosul.operamundi.uol.com.br/mundo/68759/guaido-russo-entenda-o-papel-de-navalny-para-tirar-putin-do-poder-a-mando-dos-eua?fbclid=IwAR2kdtS_HzoTl-C3ajKeiEUUOer2FzfXRfWC9_4w1ADH5PwjZZRwjOTYryI
06/03/2021 às 16h17
“Guaidó russo”: Entenda o papel de Navalny para tirar Putin do poder a mando dos EUA

Para falarmos sobre a Rússia, precisamos falar de Vladimir Putin, contar pelo menos parte de sua história. Lembrando que a Rússia de hoje não é a URSS, ainda que não tenha deixado de herdar algumas conquistas e tradições do sistema soviético socialista. Por exemplo, o hino da União Soviética (melodia) é o mesmo de agora, mas houve uma alteração na letra, visto que houve uma mudança política.  

URSS acabou em 1991 e se transformou em 15 países diferentes. Já não era uma união de repúblicas soviéticas socialistas. Mas, guardam muitas tradições do socialismo soviético e, o hino, mesmo tendo mudado a letra, manteve o refrão que enaltece o período de ouro da Revolução Russa

Rússia que nós conhecemos hoje, é chamada de Federação Russa. Foi governada desde dezembro de 1991 por um preposto dos Estados Unidos, chamado Boris Yeltsin, que tinha sido membro do Partido Comunista. Todos que ascenderam ao poder depois dele, através do golpe, tinham sido membros do Partido, inclusive o PutinYeltsin, um alcoólatra, governou por oito anos. No final de 1999, Yeltsin renunciou, por problemas de saúde e alcoolismo. Não tinha mais condições de cumprir as tarefas dadas a ele pelos EUA. 

Em 1999 vivíamos sob o governo de Bill Clinton, do Partido Democrata. Eles sempre lutaram pelo fim da União Soviética e acabaram conseguindo, sob a gestão de George Bush (pai) em 1991, em seu penúltimo ano de governo. Ele não conseguiria a reeleição em 1992, quando Clinton foi eleito e reeleito em 1996, governando até 2000, quando é eleito George Bush (o filho). 

Esta é a história dos Estados Unidos e a Rússia, acompanha essa história. Os países não podem ficar alheios à troca do comando do império, pelo papel que os EUA desempenham na conjuntura internacional. Em 1999, quando Boris Yeltsin renuncia, Putin ascende na condição de primeiro-Ministro plenipotenciário, com poderes de presidente. Ele assume com muito poder. 

Vladimir Putin nasceu em 1952, tendo se formado em Direito pela Universidade de Moscou aos 23 anos, quando se filia ao Partido Comunista da URSS e passa a atuar no setor de informações, que era a antiga KGB, que cumpre o mesmo papel que a CIA (o FBI não tem o mesmo papel de espionagem, como a KGB no cenário mundial). A KGB também atuava internamente, mas a sua marca era mesmo a informação. Assim, entre 1975 e 1991 quando a URSS chega ao fim, Putin tinha 16 anos de militância comunista na estrutura do estado soviético. 

Vladimir Putin começa a crescer politicamente, dentro da estrutura de governo da nova Federação Russa. Ele disputa sua primeira eleição para presidente, logo no ano seguinte, que foi em 2000. Ele fica um período interino como primeiro-Ministro e se torna presidente no dia 7 de maio de 2000. Ele ganha apertado no segundo turno, igual à Dilma, com um programa de reconstrução da Rússia. 

Ele defende acabar com as máfias, que não seria tarefa fácil. Enfrenta os oligarcas russos que cresceram e enriqueceram muito com o fim da URSS, comprando as empresas estatais a preço de banana. Eram empresas fundamentais para a antiga economia soviética. Em março de 2004 é reeleito presidente, desta vez com muito mais respaldo eleitoral, conquistando 71% dos votos válidos, fortalecendo-se muito. Na época era para um mandato de quatro anos. 

Em 2008, novas eleições ocorrem, mas não pode disputar para tentar a reeleição. Mas, ele elege seu sucessor, Dmitri Medvedev que o indica como primeiro Ministro, com mais poderes que o próprio presidente. Ele fica quatro anos como primeiro-Ministro e disputa novas eleições em 4 de março de 2002, vencendo no primeiro turno, com 63% dos votos. 

Quando falamos em era Vladimir Putin, estamos falando de um período que se inicia em 1999 e deverá ir até 2024, pois os mandatos foram ampliados para seis anos com direito à reeleição (isso foi modificado, de forma que não há mais esse limite).  

Estamos falando então de um período de 25 anos de um governo na história da Rússia, sob o comando de uma mesma pessoa, caso inédito, sempre eleito e reeleito pelo voto. Apenas Joseph Stálin governou mais tempo que Putin na história da Rússia republicana (ficou no poder entre 1922 e 1953, quando morreu, por 31 anos). 

Em maio de 2018 Putin foi reeleito para um novo mandato, com mais de 76% dos votos válidos. É uma trajetória de consolidação de sua popularidade e poder. Nesse sentido, Putin poderá ficar na liderança da Rússia até 2030, se não houver um acidente de percurso. Por isso, este é o nosso tema central. Interessa aos EUA e à União Europeia (UE), a sua derrubada. 

Como se derruba um presidente? Nas eleições passadas ele elegeu 80% do parlamento, pelo seu Partido. Os comunistas do Partido Comunista da Federação Rússia fizeram 10% dos votos na Duma, o parlamento deles. É um Partido forte, nas condições em que eles vivem hoje. E, os últimos 10%, são de partidos menores que lhes fazem oposição. O Partido de Putin é o Rússia Unida. 

No entanto, está surgindo um novo personagem na cena política russa, que é o advogado Alexei Navalny, de 44 anos, blogueiro. A sua carreira política restringiu-se, até agora, em disputar a Prefeitura de Moscou, quando obteve 27% dos votos. Ele faz oposição, diariamente, ao presidente Vladimir Putin. Sua única bandeira é o combate à corrupção. E, segundo ele, tem muito na Rússia e que Putin é um grande corrupto. 

Aqui no Brasil nós já conhecemos isso. Getúlio era acusado de ser corrupto pela sua oposição; Juscelino era acusado de ser corrupto e que teria um apartamento no Leblon no Rio de Janeiro; Jango era acusado de ser corrupto. Jânio nem deu tempo de ser acusado de corrupto porque governou poucos meses. A extrema-direita não tem outra bandeira. Lula e Dilma então, são tidos como os maiores corruptos de todos os presidentes, sem que jamais se tenha provado algo sobre isso contra eles. Na Rússia, estão começando a pipocar manifestações de rua em apoio a Navalny, que criou um partido só para ele, chamado: Rússia do Futuro. 

E, como ele atua na política russa na atualidade? Quero registrar que ele estudou na Universidade de Yale, nos EUA, onde foi bolsista. Ele é o homem dos Estados Unidos, da CIA, dentro da Rússia. Fala russo, é nascido na Rússia, mas defende os interesses dos Estados Unidos, de potência estrangeira. Assim agem os que traem as suas nações. 

Aqui nós conhecemos muita gente assim. As revelações da “Vaza-Jato” são impressionantes. As ligações deles com potências estrangeiras. A derrubada do Lula foi presente da Cia, eles confessam. Falando a nossa língua portuguesa, nascido no Brasil, agem, atuam como agentes de potência estrangeira. É isso que a maioria das pessoas ainda não se deu conta. 

modus operandi que está ocorrendo na Rússia é o mesmo que foi aplicado aqui e o mesmo aplicado em várias partes do mundo. Por isso, vou dar aqui um pequeno histórico. Vou contar qual é a primeira experiência, o balão de ensaio, o modelo que a CIA adotou, que é aplicado até hoje. 

São os seguintes os elementos que constituem o seu modus operandi:  

  • Mentiras, ou fake news. A maior mentira que se conta do Vladimir Putin é que ele seria dono de um castelo de 18.000m2, que valeria um bilhão de dólares, com terreno, pista de pouso etc. É duro dizer para a população que isso não é verdade. Isto é propagado por esses aplicativos de comunicação instantânea. Nós não temos no Brasil gente que jura que o filho do Lula é dono da empresa Friboi, o maior frigorífico do mundo?  
  • Manipulação midiática. O segundo aspecto é a manipulação midiática. As TVs, cuja maioria na Rússia são particulares, dão ampla cobertura. Hoje eles apoiam o governo Putin. Mas, evidentemente, em algum momento, que não aconteceu ainda, podem retirar seu apoio. Ninguém é reeleito com 76% se não tiver um certo beneplácito e apoio da mídia. Podem até não apoiar descaradamente Navalny, mas também não vão investigar ou fazer algo contra. Nesse caso, o Alexei é a grande estrela midiática. 
  • Anticorrupção. O terceiro aspecto são os protestos de rua, anticorrupção, manipulados por pessoas russas, mas com ligação com potências estrangeiras. Não tenham ilusão sobre isto. 
  • Instituições estrangeiras. Ação de entidades estrangeiras em solo russo, que são instituições a serviço de potências estrangeiras. ONGs que atuam na Rússia, são governadas e presididas por russos. Por uma Lei criada por Putin, elas têm que prestar conta, por exemplo, de onde vem o dinheiro de sua operação. 

O Putin foi muito corajoso. Estas tais ONGs, para se instalarem na Rússia – e elas podem se instalar à vontade, ele não é contra. No entanto, elas têm que se registrar no Ministério das Relações Exteriores como representantes de potências estrangeiras. Não são russas.  Podem ser governadas por russos, presididas por russos, mas lá elas estão sob controle do Estado russo. O Estado não cerceia, mas regula a sua atividade. Elas têm que dizer quais são os seus objetivos, de onde vem o dinheiro de sua atividade. Esses são os quatro aspectos do modus operandi válido para o mundo inteiro. 

Todos conhecemos a história da fraude chamada Juan Guaidó, que se autoproclamou “presidente” (sic) da Venezuela, por não reconhecer a vitória esmagadora de Nicolas Maduro. Ele foi apoiado por Donald Trump e mais dezenas de países, incluindo a União Europeia. Esse Alexei Navalny poderá a vir a ser o Guaidó russo. O imperialismo está “elegendo” o seu Guaidó russo, loiro, de 44 anos. Por outro lado, a UE está fustigando a Rússia, mais até do que os Estados Unidos, impondo-lhes sanções, fazendo ameaças. É um cenário orquestrado para, se possível, derrubar Putin. Ou, no mínimo, tentar enfraquecê-lo e desmoralizá-lo perante a opinião pública com mentiras. 

A União Europeia é um bloco de países que se juntaram, com moeda única. É uma longa história. Foram muitas etapas, em décadas, até chegar nesta moeda única. Não tem nenhuma barreira alfandegária entre os países. Mas, ela não tem um presidente, nem um primeiro-ministro. Tem uma Comissão da Europa e aí tem uma espécie de responsável pela política externa, tem um Banco Central Europeu, tem um Parlamento. Tudo funciona, muitas vezes, mais do que como um bloco, mas como um só país. De um tempo para cá, está impondo sanções diárias ou semanais para a Rússia, o que nem os Estados Unidos estão fazendo. Eles, então, estão sendo mais imperialistas do que o estadunidense. 

Provavelmente, isto acontece, porque o Parlamento Europeu deve ter uma maioria de direita ou de extrema direita, que elegem os membros dessas comissões que mandam na Europa e devem ser todos de extrema direita. Não tem progressistas no comando da UE. Aí, elegeram a Rússia como sua principal inimiga. A OTAN já cerca a Rússia, os EUA têm restrições a ela também, tem sanções impostas e, agora, a UE entrou para piorar as coisas. 

Quero agora falar sobre muitas ditas “revoluções” que vêm ocorrendo em várias partes do mundo. A sua origem aconteceu em 1953 na cidade de Teerã, capital do Irã. Preciso contar-lhes essa história. O Irã foi governado de 1951 a 1953, por um membro do Parlamento – lá é parlamentarismo – por um nacionalista chamado Mohammed Mossadegh. Ele não era, nunca foi comunista, nem mesmo socialista. Era um nacionalista verdadeiro, porque tem aqueles de direita que não são fascistas. 

Mohammed Mossadegh, no dia de sua posse, mandou um projeto de lei para o Parlamento iraniano, para nacionalizar o petróleo, que era totalmente controlado e explorado pela Inglaterra. A British Petróleo tinha outro nome – APOC, ou Anglo-Persian Oil Company, que posteriormente virou British Petroleum – BP depois que ela saiu do Irã. 

Na Inglaterra não tem petróleo, de forma que a empresa, uma das “irmãs do mundo” (que eram sete, caiu para seis e hoje são só quatro) tinha sua sede no Irã.  A British, é uma dessas que sobraram e a Shell é outra, Chevron Texaco. Mas a British explora petróleo no mundo inteiro. Estas empresas não têm reservas próprias de petróleo como as petroleiras estatais. Por isso elas têm que tomar o petróleo dos outros países produtores. Por isso as chamadas guerras pelo petróleo.  

Quando a empresa foi nacionalizada e passou para o controle do povo iraniano acendeu a luz vermelha, pois a amarela já estava acesa desde que Mohammed ganhou as eleições e foi indicado primeiro-Ministro pelo Parlamento. Já se sabia que ele era um nacionalista. Mossadeh nasceu em 1880. Depois que ele foi derrubado, foi preso, viveu em prisão domiciliar o resto da sua vida, tendo falecido em 1967.  

Ele era um cara muito popular no Irã, tinha uma popularidade alta. Aí, na primeira semana de agosto, começaram a surgir uma boataria, mídia atuando, entidades externas, a CIA subornando pessoas e injetando dinheiro em sindicatos, partidos etc. E começou a mudar a opinião pública, em uma semana.

E, no dia 19 de agosto de 1953 ele recebeu um golpe de um general, cujo nome é â€¯Fazlollah Zahedi, que restaurou toda autoridade plenipotenciária do Xá Reza Pahlevi – um fascista apoiado pelos EUA – e, daí em diante a história nós conhecemos, e, só vai ser modificada com a Revolução Islâmica do Irã, de 10 fevereiro de 1979. 

Agora, este modus operandi que começou no “laboratório” de Teerã, em 1953, voltou a ser aplicado no Leste Europeu, nos países que eram as repúblicas soviéticas e, deixaram de ser, mas eram governados por pessoas, por assim dizer, não vinculadas ao Ocidente, que mantinham boas relações com o presidente Vladimir Putin. Quando elas começaram em 2003, ele já estava no poder. A primeira delas e o Plano Piloto, a imprensa deu o nome de “Revolução Rosa”, que aconteceu na Geórgia em 2003. 

Em 2004 aconteceu a tal “Revolução Laranja”, na Ucrânia, que era uma república soviética, virou um país independente, mas amigo da Rússia e não era do bloco ocidental. Não tinha relações com a potência imperialista dos Estados Unidos. Com essa tal revolução em 2004, a Ucrânia sai da órbita da Rússia, que ainda consegue recuperar algum território, na região da Criméia, onde eles têm uma maioria étnica russa. Eles falam russo, não falam ucraniano.  

Eles fizeram um referendo para saber se queriam continuar sendo da Ucrânia ou se passariam para a Rússia. E 96,8% disseram: nós queremos ser russos. O imperialismo não reconheceu até hoje e disse que o Putin deu um golpe e anexou a Criméia. Quer dizer, nem quando o povo é consultado, eles se conformam de perder uma parte pequena do território. 

Ainda hoje presenciamos disputas territoriais na região de Donbass, especificamente Donetsk e Lugansk, onde ocorre uma forte e intensa guerrilha de resistência. Eles não querem ser vinculados à Ucrânia, eles querem ser russos. Ainda mais pelo fato que esse país é hoje governado por um representante dos EUA, ele é um governante anti-Rússia e anti-Putin. Essa “revolução” levou ao poder pessoas comprometidas com o Ocidente e que se distanciavam, cada vez mais, da Rússia. 

Em 2005 inventaram uma “Revolução das Tulipas” no Quirquistão e, no mesmo ano, em fevereiro – e eu acompanhei de perto – ocorreu a tal “Revolução dos Cedros” no Líbano. Esse país vivia sob presença do exército Sírio desde os acordos de paz de 1990. Mas, não é que a Síria invadiu, mas o governo Libanês solicitou a presença da Síria, para ajudar a pacificar o país. O Líbano praticamente não tem exército. 

Então, essa tal “Revolução dos Cedros” faz uma mudança e destitui o governo que não era contra os Estados Unidos, mas também não era favor. Eles não aceitam esse tipo de independência, eles querem um governo subordinado à potência imperialista. Desse momento em diante, a partir de abril de 2005, o Líbano volta para a órbita de influência dos EUA (hoje eles estão cada dia mais distantes).  

Seis anos depois, em 2011, no mesmo mundo árabe, ocorre o que a imprensa chamou de “Primavera Árabe”. Os árabes nunca aceitaram esse nome. Para eles foi um verdadeiro inverno. No Egito, dois meses de movimentações, que alguns chamaram de “Revolução Facebook”, pelo fato deles usarem os eventos do Facebook para convocar as pessoas e tinham até dois milhões de confirmações.  

Aí, o Hosni Mubarak cai, ele que era amigo dos Estados Unidos e é substituído em uma eleição direta por Mohamed Morsi, um muçulmano sunita, vinculado à irmandade muçulmana. Só que, num certo momento, os próprios Estados Unidos, que concordaram em entregar o Mubarak, viram que o Egito havia tomado outro rumo. Não que Morsi fosse contra os Estados Unidos, mas sinalizavam alguma independência do Egito e ele foi derrubado e foi substituído pelo ministro da Defesa general Abdel Fattah el-Sisi.  

Então, essa tal “Primavera Árabe”, aconteceu basicamente no Egito, mas teve movimentações também na Tunísia e alguns outros países. A Síria não tem nada a ver com isso. Na Síria houve uma tentativa de derrubar o presidente Bashar al Assad, a partir de terroristas que vêm de fora para dentro. 

E o Brasil viveu algo parecido com isso com as famosas jornadas de junho de 2013. O fascismo saiu do armário, e saiu para nunca mais voltar. Ele pode até reduzir o seu tamanho hoje, como está reduzindo a cada dia. O que se chama de bolsonarismo, nada mais é do que o núcleo duro do fascismo. Alguns falam 10%, outros, até 20%, não mais do que isso. Mas vieram para ficar e jamais voltarão para o armário. Isso produz um aspecto interessante, que é um certo racha no campo da direita, mas esse é assunto para outro ensaio. 

A Dilma conseguiu se reeleger apertada em 2014. O Aécio chegou perto. Mas, a partir de 2015, com sua posse, ela não resistiu. As manifestações ocorreram novamente e as ruas lotaram novamente, convocadas que foram pela rede Globo e todos os canais de TVs. As pessoas vestiram suas camisas da seleção, de verde e amarelo. Não eram patriotas, jamais foram. E, acabou culminando com o golpe de 2016. Vladimir Putin chegou a avisar a Dilma. Acho que ela não deve ter dado credibilidade ao aviso. Até Recep Erdogan também lhe avisou. Ele chegou a sofrer uma tentativa de golpe, mas reagiu com mais de 250 mil prisões (1). 

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