Em pronunciamento nesta quarta-feira (3), o senador Paulo Paim (PT-RS) voltou a defender a quebra de patentes de vacinas e medicamentos relacionados à prevenção, à contenção ou ao tratamento da covid-19. Ele inclusive apresentou um projeto de lei com esse objetivo: o PL 12/2021.
O parlamentar justificou a quebra de patentes pela situação extraordinária provocada pela pandemia. E destacou que essa posição também é defendida por diversos governos e instituições internacionais, cientistas e ativistas, pois, argumentou ele, não se pode permitir que populações inteiras fiquem sem acesso a vacinas e medicamentos em um momento tão difícil.
— Recentemente, o chefe da ONU [Organização das Nações Unidas] afirmou que 130 países não têm vacina contra a covid-19 e que apenas dez nações administram 75% de todas as doses — ressaltou.
Paim disse que na América Latina a vacinação avança lentamente e que, em algumas regiões, já foi interrompida. Um dos países que passa por essa situação, frisou ele, é o Brasil. O senador salientou que a pandemia acentuou as desigualdades ao redor do mundo e que, quanto mais tempo perdurar, piores serão as consequências. Ele declarou que é inaceitável que as vacinas sejam vistas como commodities, com os seus preços sendo determinados por empresas privadas, que decidem a quem querem vender.