No fim de 2020, uma mulher de 61 anos recebeu um transplante de pulmão e após três dias da cirurgia começou a apresentar sintomas da covid-19 e morreu. Os profissionais do Hospital da Universidade de Michigan pesquisaram e descobriram que o doador estava infectado e passou para a mulher por meio da doação do órgão.
De acordo com estudo publicado no American Journal of Transplant, antes da utilização dos pulmões da doadora, vítima de um acidente de carro fatal, foi feito exame de PCR e swab nasofaríngeo, que deram negativo. Mas não foram feitos testes do trato respiratório inferior, onde aparecem as doenças respiratórias mais graves.
A chave para descobrir que a doadora estava com SARS-CoV-2 foi que o médico cirurgião, também se infectou com a covid-19. Os pesquisadores compararam os fluídos das vias respiratórias das três pessoas envolvidas e concluíram o caso. Nenhum outro órgão foi transplantado para outros pacientes.
Os especialistas afirmaram ser o primeiro caso desse tipo no mundo e salientaram para a necessidade de fazer testes mais completos quando se trata da doação de pulmões. Além do alerta para os profissionais da saúde usarem equipamentos de proteção individual aprimorados quando estiverem envolvidos na obtenção e transplante de pulmão.
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