O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (Bacen) anunciou nesta quarta-feira (20) a manutenção da taxa básica de juros em 2% ao ano.
Segundo Marcel Domingos Solimeo, economista da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o Banco Central manteve a taxa Selic em 2%, porque a inflação ainda está sob controle embora o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) tenha acumulado alta de 4,52% no último ano.
A alta dos preços deveu-se à valorização do dólar frente ao real, o que impactou na menor oferta de produtos importados e, ao mesmo tempo, no aumento das exportações da safra brasileira. “Isto elevou o preço de alguns produtos de primeira necessidade por aqui”, disse.
Há, no entanto, uma tendência de melhora neste cenário. “A safra de janeiro costuma ser boa; portanto, deve haver mais oferta de produtos o que tende a baixar os preços”, avaliou.
De acordo com sua análise, ainda há a expectativa do retorno gradual da economia, com a intensificação da vacinação contra a covid-19, o que deixaria os analistas mais otimista em relação ao futuro, além de trazer mais estabilidade para o câmbio, com leve tendência de queda. “É por conta disso tudo que a decisão do Copom de manter a Selic estável já era esperada pelo mercado”, finalizou.
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