O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que o Estado turco mobilizou todos os meios e instituições para resgatar sobreviventes e auxiliar os afetados pelo terremoto de 6,6 graus na escala Richter que atingiu partes do país e da Grécia nesta sexta-feira (30).
"Desde o primeiro momento, mobilizamos todos nossos meios para concluir os esforços de resgate o mais rápido possível e para ajudar a todos os afetados", disse Erdogan ao discursar durante a cerimônia de entrega de um prêmio científico.
O epicentro do forte tremor de terra ocorreu no Mar Egeu, a cerca de 10 quilômetros de profundidade. Além de criar maremotos nas regiões costeiras e arredores das ilhas gregas, o terremoto atingiu a cidade litorânea de Esmirna, na Turquia, causando inundações, destruindo prédios inteiros e matando pelo menos 25 pessoas. Algumas agências de notícias falam em 26 vítimas.
Equipes de resgate turcas continuam em busca de sobreviventes em meio aos escombros. De acordo com Erdogan, em Esmirna, os trabalhos estão concentrados em 17 edifícios, mas há equipes atuando também em outras localidades, como Aydin.
"A Autoridade de Gestão de Desastres e Emergências (do inglês, Afad, do Ministério do Interior); as forças de segurança, as unidades de saúde e outros funcionários públicos relevantes estão cumprindo abnegadamente seus deveres", acrescentou o presidente turco, manifestando solidariedade às famílias afetadas, desejando rápida recuperação aos feridos e agradecendo aos países que ofereceram ajuda humanitária.
Em nota, a Afad detalhou que o forte terremoto ocorreu por volta das 14h51 (horário local) de sexta-feira, na costa de Seferihisar. Na sequência, foram registrados 410 tremores secundários, dos quais, 33 superaram 4 graus na escala Richter. Na mais recente nota que divulgou, a Afad confirma 25 mortes (incluindo uma por afogamento) e 804 feridos.
Equipes de resgate de outras regiões foram enviadas para Esmirna e região, onde o fornecimento de energia elétrica foi interrompido em ao menos 115 locais. As pessoas estão sendo orientadas a não entrar em edifícios que tenham sofrido abalo e a manter as estradas livres para a passagem de veículos de socorro, e a evitar o uso de telefones celulares.
Na costa grega, o local mais afetado pelo terremoto foi a Ilha de Samos, no Mar Egeu, onde, - segundo sites de notícias gregos, dois adolescentes, uma menina e um menino, morreram atingidos por um muro que desabou. Os mesmos sites informam que, logo após o tremor de terra, a ilha foi atingida por um "minitsunami" que não causou novas vítimas, mas agravou ainda mais os transtornos da situação.
Segundo a empresa pública de comunição grega, ERT, a Secretaria-Geral de Proteção Civil declarou estado de emergência por seis meses para as cidades de Samos Oriental e Ocidental. A presidente grega, Katerina Sakellaropoulou, prestou condolências às famílias de Samos e de Esmirna e prometeu que o governo dará o apoio necessário à reparação dos estragos na Ilha de Samos.
O governo brasileiro prestou condolências aos parentes das vítimas e manifestou solidariedade aos povos turco e grego em uma nota que o Ministério das Relações Exteriores divulgou no fim da tarde desta sexta-feira.
Segundo o Itamaraty, até ontem, não havia registro de brasileiros entre as vítimas do abalo sísmico, mas tanto o consulado brasileiro em Istambul quanto a embaixada em Atenas, continuam acompanhando a situação.
Informações e esclarecimentos podem ser solicitadas de segunda a sexta-feira, das 9h às 19h, pelos telefones +55 61 2030 8803 e +55 61 2030 8804 e pelo e-mail dac@itamaraty.gov.br. Também pode ser acionado o plantão consular da Secretaria de Assuntos de Soberania Nacional e Cidadania, nos demais dias e horários, pelo telefone +55 61 98197-2284.
*Com informações de órgãos oficiais da Turquia e da Grécia
Edição: Nádia Franco