Sábado, 15 de Novembro de 2025
17°C 24°C
Nova Cantu, PR
Publicidade

Vendedores e consumidores enfrentam riscos em mercado de Caracas

Vendedores e consumidores enfrentam riscos em mercado de Caracas

Redação
Por: Redação
05/08/2020 às 07h35 Atualizada em 05/08/2020 às 10h35
Vendedores e consumidores enfrentam riscos em mercado de Caracas
.

O maior mercado de produtos agrícolas de Caracas, capital da Venezuela, está no centro de um surto de covid-19, mas os comerciantes sem dinheiro no bolso se recusam a parar de vender alimentos para os 5 milhões de moradores da cidade, muitos dos quais estão passando fome.

Três dias por semana - em comparação a seis antes da pandemia - por volta de 10 mil pessoas, incluindo varejistas e consumidores, lotam o Mercado Atacadista Coche, administrado pelo Estado. Os produtos são levados por caminhões para os supermercados da cidade, um alento em meio à crise econômica de seis anos da Venezuela.

"Caracas depende desse mercado", disse o seu administrador Walter Rivera, em entrevista, acrescentando que cerca de 17 mil toneladas de bens são vendidos ali todos os meses.

Mas o mercado a céu aberto, onde as pessoas dão pouca atenção às regras do distanciamento social, embora muitas usem máscaras, prejudica os esforços do governo de Nicolás Maduro para impedir que a aceleração de casos de coronavírus sobrecarregue o dilapidado sistema de saúde da Venezuela. Até agora, autoridades confirmaram 20.206 casos e 174 mortes, com oposição e organizações não governamentais alertando que os testes são insuficientes.

Em 29 de julho, as autoridades limitaram as horas em que mercados atacadistas podem ficar abertos na capital para o período entre o alvorecer e as 14h.

Coche é um "potencial local de alto contágio", devido à falta de distanciamento social, disse José Manuel Olivares, conselheiro sanitário do líder da oposição, Juan Guaidó.

O presidente Nicolás Maduro estabeleceu medidas rígidas de isolamento em março, que diminuíram a disseminação do vírus, mas a escassez de bens básicos forçou muitos comerciantes e voltarem aos mercados atacadistas para ganhar seu sustento.

"Se eu não for todos os dias, eu não como", disse Moisés Rojas, 23 anos, que vende cenouras, batatas e cebolas em Coche.

Rojas, um dos 3.500 funcionários do mercado, disse que antes da pandemia ele conseguia vender três sacos de 45 quilos de cenoura. Agora, chega a vender apenas 5 quilos.

Alguns comerciantes, arrastando sacos e empurrando carrinhos ao redor do mercado, dizem que temem ser infectados, mas têm mais medo que o governo os impeça de trabalhar.

"Ficaria feio para nós", disse Ángel Serrano, que passou 32 dos seus 42 anos vendendo no local. "É o sustento de todos nós."

Walter Rivera afirmou que, nas últimas semanas, foram realizados 4.500 testes rápidos de anticorpos no local, com apenas um resultado positivo. "Estamos trabalhando para que o mercado não seja fechado", afirmou.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
Nova Cantu, PR
18°
Chuvas esparsas
Mín. 17° Máx. 24°
18° Sensação
1.2 km/h Vento
96% Umidade
100% (9.84mm) Chance chuva
05h34 Nascer do sol
18h53 Pôr do sol
Domingo
24° 17°
Segunda
21° 16°
Terça
24° 13°
Quarta
28° 13°
Quinta
28° 16°
Economia
Dólar
R$ 5,30 +0,00%
Euro
R$ 6,15 -0,01%
Peso Argentino
R$ 0,00 +0,00%
Bitcoin
R$ 539,039,36 +1,53%
Ibovespa
157,738,69 pts 0.37%
Publicidade
Lenium - Criar site de notícias