Um ataque a tiros, brutal vitimou uma família e ceifou a vida de uma bebê de nove meses na madrugada deste sábado (27), em Prudentópolis, no centro do Paraná. O crime, executado por um homem que perseguia a ex-companheira e por um cúmplice ainda não identificado, deixou ao menos seis pessoas feridas, três delas crianças, em uma casa com 11 ocupantes. O suspeito principal segue foragido.
A sequência de violência começou na noite de sexta-feira (26), quando um homem de 28 anos ameaçou a companheira, de 25, dentro da própria residência do casal. A mulher, temendo por sua vida, deixou o local e foi jantar com familiares em um restaurante. Inconformado, o agressor seguiu-a até o estabelecimento e a ameaçou novamente, desta vez com uma arma de fogo.
Após registrar um boletim de ocorrência, a vítima recebeu escolta policial para retirar pertences de casa e, em seguida, buscou refúgio na residência dos familiares que a acolheram. A Polícia Militar realizou buscas, mas não localizou o suspeito na ocasião.
A tragédia, no entanto, estava por vir. Por volta das 4h da madrugada, o homem voltou ao local onde a companheira estava abrigada, agora acompanhado de um segundo indivíduo. Armados com uma pistola 9mm e uma espingarda calibre 12, invadiram a propriedade e efetuaram diversos disparos contra as pessoas que estavam no interior.
As Vítimas e a Fuga Desesperada
Do total de 11 familiares presentes, seis foram atingidos:
Um menino de 7 anos foi ferido próximo ao olho, possivelmente por estilhaços.
Seu irmão, de 11 anos, sofreu um ferimento grave na perna causado por um disparo de espingarda.
Uma menina de 11 anos foi baleada na região do crânio. De acordo com relato médico repassado à PM, a sobrevivência da criança foi considerada um "milagre", já que um desvio de menos de um centímetro teria sido fatal.
Um adulto foi baleado na perna e no braço.
Uma mulher teve ferimentos na perna.
Outro adulto sofreu um disparo de raspão e não precisou de hospitalização.
Em meio ao caos, a mulher que era o alvo principal conseguiu fugir carregando a filha do casal, a bebê de nove meses. Desesperada, correu para uma área de mata para se esconder. Segundo a suspeita inicial da Polícia Militar, ao tentar conter o choro da criança e se proteger, a mãe pode ter mantido o rosto da bebê muito próximo ao seu corpo, provocando uma obstrução das vias aéreas. A criança não resistiu e morreu no local.
Exames periciais preliminares não encontraram indícios de que a bebê tenha sido atingida por tiros. A causa oficial da morte será determinada pela perícia e pelos órgãos competentes.
A Polícia Militar continua em buscas intensivas pelo autor dos disparos e seu cúmplice não identificado. A investigação apura todos os detalhes do crime, que chocou a comunidade de Prudentópolis.