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Empreendedores da cultura do Paraná levam projetos ao maior mercado de economia criativa
Mais de 30 profissionais do setor cultural representam o Estado na maior edição já realizada do Mercado das Indústrias Criativas do Brasil 2025, p...
05/12/2025 13h06
Por: Redação Fonte: Secom Paraná

Produtores, gestores da cultura e empreendedores do Paraná participam nesta semana da maior edição já realizada do Mercado das Indústrias Criativas do Brasil (MICBR) 2025, promovido pelo Ministério da Cultura, em Fortaleza (CE). Mais de 30 profissionais do setor cultural representam o Estado no evento, que começou quarta-feira (3), segue até domingo (7) e ocupa os principais equipamentos culturais da cidade com rodadas de negócios, mentorias, formações, palestras, showcases, feira criativa, cozinha-show e apresentações artísticas. Toda a programação é gratuita e aberta ao público.

Ao todo, 15 setores da economia criativa estão representados, incluindo audiovisual, música, teatro, dança, design, moda, artes visuais, gastronomia, jogos eletrônicos, editorial, museus e patrimônio, entre outros.

Com a participação, o Paraná amplia a circulação de projetos, a visibilidade do setor e a construção de parcerias nacionais e internacionais. Entre as ações apresentadas estão iniciativas como o coletivo Mucha Tinta (de arte urbana e produção cultural) e o Festival de Curitiba, ao lado de profissionais das áreas de artes visuais, design, teatro e projetos criativos independentes.

ABRIR CAMINHOS- Para o designer curitibano Guto Stresser, a participação é uma oportunidade de abrir caminhos fora do Estado. “Estou muito feliz de estar aqui. São pessoas do mundo todo presentes no evento. Estou ansioso e com muita expectativa de poder exportar um pouco do que faço no Paraná para o mundo”, afirma.

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A artista visual Tania Pszybylski, que participa pela primeira vez do MICBR, também destaca a importância da presença no encontro. “Este ano foi aberto também para as artes visuais e temos o privilégio de estar aqui pela primeira vez. Já tivemos rodadas de negócios e mentorias. É muita troca de experiências com artistas do Brasil e de outros países”, disse ela.

Fundadora do coletivo Mucha Tinta, a produtora cultural Giusy de Luca ressalta a importância do mercado para o fortalecimento de redes e iniciativas paranaenses. “A expectativa é muito positiva, especialmente para criar novas conexões para os projetos da Mucha, firmar parcerias e abrir caminhos para novos negócios relacionados à arte urbana e também às áreas técnicas da cultura. Esses encontros são fundamentais para fortalecer redes, trocar experiências e pensar coletivamente os próximos passos do setor cultural.”

Representando a editora Insight Nexo Design, especializada no mercado editorial infantil há mais de 30 anos, a produtora Beatriz Marçal reforça o caráter estratégico da participação. “Estamos aqui com expectativa de parcerias, conexões e fechamento de contratos.”

FÓRUM NACIONAL DE SECRETÁRIOS- Como parte da programação oficial do MICBR, Fortaleza também sediou, entre 1º e 3 de dezembro, a 4ª Reunião Ordinária Anual do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura, reunindo gestores públicos de todo o país para debater políticas culturais, financiamento, legislação, governança e estratégias de fortalecimento do setor.

A secretária da Cultura do Paraná, Luciana Casagrande Pereira, vice-presidente do Fórum, participou da agenda representando o Estado e reforçou a importância da integração entre mercado e políticas públicas. “O MICBR mostra, na prática, que cultura é desenvolvimento econômico, inovação e geração de oportunidades”, disse ela.

“Ao mesmo tempo, o Fórum nos permite construir, de forma coletiva, políticas públicas mais articuladas e eficazes para todo o país. Para o Paraná, estar presente nos dois espaços é estratégico e reafirma nosso compromisso com um setor cultural forte, diverso e sustentável”, destaca.

Para a secretária, a convergência dos encontros na mesma semana fortalece ainda mais a agenda nacional da cultura. “A presença simultânea de gestores públicos e produtores culturais cria um ambiente único de diálogo entre política e mercado, gestão e criação. É esse encontro que fortalece o ecossistema cultural brasileiro e amplia as possibilidades para quem vive da cultura”, completa.