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Especialistas alertam para golpes em ressarcimentos do Banco Master
FGC não usa intermediários, não cobra taxas nem antecipa pagamentos
19/11/2025 18h55
Por: Redação Fonte: Agência Brasil

Além de ter depósitos e aplicações congeladas, os investidores do Banco Master - que teve a liquidação decretada pelo Banco Central na terça-feira (18) - têm de se preocupar com uma onda de golpes destinados a quem aguarda o ressarcimento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).

Anúncios em redes sociais e em aplicativos prometem “liquidez imediata” ou “antecipação” do pagamento da garantia, explorando a ansiedade de quem tinha Certificados de Depósito Bancário (CDB) emitidos pela instituição e agora está impedido de movimentar os recursos.

Entidade privada que garante o ressarcimento de investimentos e depósitos em até R$ 250 mil por pessoa na instituição financeira, o FGC tem reforçado que não autoriza intermediários, não cobra taxas e não oferece qualquer mecanismo para agilizar pagamentos, alertando que qualquer promessa de antecipação é golpe.

Gerente de Engenharia de Segurança da Check Point Software Brasil, Fernando Falchi afirma que a garantia do FGC é automática, e qualquer oferta de crédito vinculada ao pagamento representa um sinal de alerta de fraude . Qualquer comunicação, ressalta, só pode ser feita por meio do aplicativo do FGC, canal oficial de ressarcimento.

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“O cibercriminoso sempre usa a pressa como arma. A verificação, feita no canal oficial, é o melhor antídoto para golpes digitais”, ressalta.

Riscos

No vácuo de informações e diante da ausência de prazo exato para o início dos pagamentos, surgiram ofertas fraudulentas que afirmam ser capazes de antecipar o valor garantido. Muitas delas se apresentam como empresas especializadas, advogados ou consultores financeiros.

As fraudes em nome do FGC dividem-se em dois tipos: roubo de dados e crédito abusivo. Os golpes mais comuns são os seguintes:

1. Phishing e roubo de informações: golpes que visam capturar dados pessoais e bancários por meio de:

Nesses casos, um clique errado permite aos fraudadores capturar credenciais, tomarem contas bancárias ou instalarem malware (programa invasor) capaz de monitorar celulares e computadores em tempo real, inclusive senhas.

2. Empréstimos predatórios:

Outra prática detectada é a oferta de supostos “adiantamentos”, que na verdade escondem operações de crédito com juros altíssimos. O investidor, acreditando estar antecipando o pagamento do FGC, acaba contratando um empréstimo que pode consumir boa parte do valor a receber.

Pressão sobre investidores

O Banco Master, conhecido pela oferta de CDBs com rendimento de até 140% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário, com taxa um pouco inferior aos juros básicos da economia), foi liquidado após meses de dificuldades. Fundado por Daniel Vorcaro, o banco acumulava carteira de crédito considerada de alto risco. A liquidação resultou ainda na prisão de executivos em operação da Polícia Federal que investiga a venda da instituição ao Banco de Brasília (BRB).

Com o encerramento das atividades, investidores com aplicações de até R$ 250 mil passaram a depender exclusivamente do FGC para reaver o dinheiro. O processo, porém, não é imediato e exige etapas formais — o que abriu espaço para tentativas de fraude.

O procedimento correto, segundo o FGC, envolve os seguintes passos :

As principais orientações para não cair em fraudes são as seguintes :