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Professor é afastado após denúncias de assédio sexual e racismo contra alunas em colégio do Paraná

Além das condutas de cunho sexual, as vítimas relataram à promotoria um histórico de intimidação por meio de agressões verbais, gritos, humilhações públicas e atos de racismo

Redação
Por: Redação Fonte: MPPR
18/11/2025 às 12h25
Professor é afastado após denúncias de assédio sexual e racismo contra alunas em colégio do Paraná
Imagem Ilustrativa

Um professor de um colégio estadual de São Pedro do Paraná (Noroeste do estado) foi afastado das funções pela Justiça após ser alvo de graves denúncias de assédio sexual, importunação sexual, injúria racial e violência psicológica contra 12 alunas, com idades entre 12 e 14 anos. As informações são do Ministério Público do Paraná (MP-PR).

De acordo com as investigações, os crimes teriam ocorrido ao longo deste ano de 2025. As denúncias, que chegaram ao MP-PR em agosto, detalham um padrão de assédio que incluía toques indevidos, o envio de mensagens inapropriadas comentando a aparência das adolescentes e o armazenamento e exibição de fotos de alunas, inclusive em trajes de banho. Há ainda a suspeita de que o professor compartilhou conteúdo impróprio com as estudantes.

Além das condutas de cunho sexual, as vítimas relataram à promotoria um histórico de intimidação por meio de agressões verbais, gritos, humilhações públicas e atos de racismo.

Sindicância interna havia inocentado o professor

Em um revés inicial, uma sindicância administrativa conduzida pelo Núcleo Regional de Educação (NRE) de Loanda havia considerado as acusações "improcedentes" por "falta de materialidade", absolvendo o professor, que recebeu apenas orientações internas e permaneceu em sala de aula.

A decisão foi contestada pelo MP-PR, que, ao instaurar um inquérito civil, descobriu que mães e responsáveis já haviam acionado a rede de proteção do município antes mesmo da sindicância. Diante das novas evidências, o Ministério Público solicitou e obteve da Justiça o afastamento imediato do servidor. A decisão também o proíbe de manter qualquer contato com as vítimas ou com outros crianças e adolescentes durante as investigações.

A Polícia Civil abriu um inquérito para apurar os crimes. A maioria das adolescentes já foi ouvida por meio de escuta especializada, com acompanhamento psicológico. O depoimento do professor ainda não foi marcado.

Em nota, o NRE de Loanda informou que cumpriu a decisão judicial e afastou o professor na última sexta-feira (14).

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