
A resposta ágil e eficiente dos últimos dias no atendimento às vítimas do tornado em Rio Bonito do Iguaçu, na última sexta-feira (7), mostra a capacidade de vigilância e mobilização da rede de atenção à saúde do Paraná. Esse resultado reflete o investimento contínuo do Estado em capacitações, simulados e ações de vigilância voltadas a desastres e emergências em saúde.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) vem promovendo nos últimos anos cursos de capacitação para desastres e planos concretos de vigilância para eventos climáticos e emergências de saúde. Vários encontros foram promovidos no sentido de administrar cuidados emergenciais e salvar vidas em momentos críticos.
Uma das formações mais recentes ocorreu no dia 6 de novembro na 5ª Regional de Saúde de Guarapuava, no Centro-Sul. Mais de 50 profissionais participaram, no município-sede, do Curso de Sistema de Comando de Incidentes (SCI). A formação foi ofertada pela Sesa e Defesa Civil. A 5ª RS foi a primeira a receber a instrução que será oferecida em todas as demais regionais.
Em março de 2022, por exemplo, foi realizado um curso inédito para profissionais de saúde atuarem em situações de emergência, desastres e avaliação de risco. O treinamento, promovido pela Sesa e a equipe da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), preparou equipes estaduais e municipais para atuar em casos de calamidade pública, como desastres naturais, eventos de massa, ou acidentes com múltiplas vítimas.
Em 2024 e 2025 foram promovidas duas oficinas com o Ministério da Saúde, além da publicação de uma nota informativa com orientações aos profissionais de saúde do Paraná para atuação em situação de emergência e/ou estado de calamidade pública, ocasionado por seca e estiagem.
Em abril deste ano aconteceu uma reunião técnica do Vigidesastres para orientar os profissionais de saúde atuantes nas 22 Regionais de Saúde e a implementação de ações inerentes ao Programa Nacional de Vigilância em Saúde dos Riscos Associados aos Desastres – Vigidesastres Estadual. Foi apresentada uma nota em que detalha as atribuições e fluxos a serem seguidos, e o monitoramento de eventos com potencial para se tornarem desastres e emergências de saúde.
Já em agosto de 2025 a Sesa, em parceria com o Ministério da Saúde (MS), deu continuidade ao Vigidesastres e promoveu uma oficina de preparação, vigilância e resposta à emergência em saúde pública no Estado como tema: desastres por chuvas intensas. As atividades incluíram simulados voltados a qualificar a atuação das equipes técnicas diante de situações emergenciais e a fortalecer os fluxos institucionais de resposta coordenada.
“O impacto social e ambiental resultante desse desastre natural tem mobilizado uma grande rede de profissionais da saúde e de diversas áreas atuando incansavelmente na linha de frente para salvar vidas e oferecer apoio às pessoas afetadas. A preparação é um diferencial nesse momento para enfrentar o desafio com competência e segurança”, ressaltou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
A Vigilância em Saúde dos Riscos Associados aos Desastres (Vigidesastres estadual) é a estratégia da Sesa que articula Estado, municípios e União para a identificação, monitoramento e resposta aos riscos à saúde decorrentes de eventos adversos, incluindo desastres naturais e tecnológicos.
Ela atua na elaboração e atualização de planos de preparação e resposta, na coordenação intersetorial e no apoio às equipes locais para organização das ações de vigilância, assistência e comunicação de risco, em consonância com as diretrizes nacionais do Ministério da Saúde.
O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) do Paraná é o setor da Sesa responsável pelo monitoramento contínuo de eventos de saúde pública e pela articulação de respostas rápidas a situações de risco, podendo ser temporariamente convertido em Sala de Situação do Comitê de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE) em cenários de desastre.