
O Governo do Estado, por meio da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), está promovendo capacitação de fiscais e assistentes de defesa agropecuária para aprimorar e atualizar conhecimentos em relação ao atendimento de suspeitas de emergências avícolas. Coordenada pela Divisão de Sanidade Avícola da Adapar, a ação tem como objetivo reforçar a preparação técnica dos servidores. O primeiro treinamento aconteceu dia 21 de outubro e a previsão é que a série de encontros seja concluída dia 13 de novembro, com mais de 270 profissionais capacitados.
A iniciativa se deve aos recentes focos de Influenza Aviária e Doença de Newcastle registrados no Brasil, além da comprovação da circulação do vírus da Influenza Aviária em países da América do Sul. Maior produtor e exportador de frango do País, a ação realizada pela Adapar no Paraná reforça o compromisso com a manutenção da sanidade avícola e o fortalecimento da capacidade de resposta frente a suspeitas e emergências sanitárias avícolas.
O chefe do Departamento de Saúde Animal (Desa) da Adapar, Rafael Gonçalves Dias, destaca a importância dos treinamentos. “O aperfeiçoamento contínuo dos nossos servidores é essencial para proteger a agropecuária paranaense e preservar o status sanitário do Estado, que nos destaca no cenário nacional e internacional. Investir nessa atualização técnica das equipes é indispensável para assegurar a proteção, tanto da atividade quanto dos nossos servidores, além de garantir a manutenção dos mercados”, avalia.
Para a médica veterinária Pauline Sperka de Souza, chefe da Divisão de Sanidade Avícola, o momento demonstra a necessidade de ações simultâneas para contenção do problema. “O surto global do vírus H5N1, reforça a urgência de uma ação coordenada para conter sua disseminação, uma vez que a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade tem impactos significativos não só na saúde animal e pública, mas também na economia”, afirma.
CRONOGRAMA– A programação dos treinamentos é composta por duas etapas: a parte teórica, realizada no período da manhã, abordando os fundamentos técnicos e os protocolos de atendimento a suspeitas de Síndrome Respiratória e Nervosa (SRN); e a parte prática, no período da tarde, com atividades de paramentação e necropsia de aves
Ao todo, são oito rodadas de treinamento em Escritórios Regionais da Adapar. das quais seis já foram realizadas com a participação dos servidores dos Escritórios Regionais de Ivaiporã, nos Campos Gerais; em Pitanga, na região Central; Campo Mourão, no Centro-Oeste; Guarapuava e Laranjeiras do Sul, no Centro-Sul; Cornélio Procópio e Londrina, na região Norte; Jacarezinho, no Norte Pioneiro; Cianorte, Maringá, Paranavaí e Umuarama, no Noroeste; em Toledo e Cascavel, no Oeste; Dois Vizinhos, Pato Branco e Francisco Beltrão, do Sudoeste; e em Apucarana, no Vale do Ivaí.
Os treinamentos concluídos, contaram com ampla adesão e envolvimento das equipes locais. A iniciativa busca padronizar procedimentos e garantir respostas rápidas e eficazes em situações de suspeita de doenças emergenciais, reforçando a vigilância e a prontidão técnica das equipes em todo o Estado. A iniciativa conta com o apoio e parceria dos Escritórios Regionais para a organização das turmas, mobilização das equipes e disponibilização da estrutura necessária às atividades práticas.
Os treinamentos serão concluídos na próxima semana. Na quarta-feira, dia 11, participarão os servidores dos Escritórios Regionais Curitiba e de Paranaguá. Já na quinta-feira, dia 13, participam os fiscais e assistentes de fiscalização dos Escritórios Regionais de Ponta Grossa, de União da Vitória e de Irati.
REABERTURA DE MERCADO– Nesta sexta-feira (7) a China comunicou oficialmente a suspensão da proibição sobre as importações de frango do Brasil. O comunicado foi feito pela Administração Geral das Alfândegas a China (GACC), e a decisão foi tomada com base nos resultados de análises de risco de surtos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP).
A decisão do país asiático havia entrado em vigor em 16 de maio, após a descoberta de um foco de IAAP na cidade de Montenegro, no Rio Grande do Sul. As ações constantes de prevenção e combate ao grupo de doenças que podem atingir aves de granjas domésticas e animais silvestres contribuíram para a retomada do status de sanidade positivo.