Com 1.500 estudantes e professores ligados a clubes de ciências paranaenses expondo trabalhos em 381 estandes, a primeira edição da Feira de Cultura Científica Paraná Faz Ciência (Fecci) será realizada de 4 a 6 de novembro, em Curitiba. São 8 mil metros quadrados de área reservada para o que promete ser um dos maiores eventos anuais promovido pelo Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) Paraná Faz Ciência.

Com o fomento da Fundação Araucária, o evento conta com apoio das Secretarias de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e da Educação do Paraná (SEED), além da Prefeitura de Curitiba e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio do Programa POP Ciência e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

A Fecci é voltada a estudantes e professores da Educação Básica do Paraná com idade a partir de 6 anos, além de visitantes que gostam de ciência e inovação. O objetivo é potencializar a cultura e a produção do conhecimento científico e tecnológico. O evento será na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), câmpus Neoville.

As equipes participantes estão divididas em três categorias: Fecci Kids, que abrange os alunos do 4º e 5º anos do Ensino Fundamental I; Fecci Júnior, para alunos do Fundamental II; e Fecci Jovem, acolhendo alunos do Ensino Médio, Técnico e Ensino de Jovens e Adultos (EJA).

“Queremos ter na Fecci algo como temos nos congressos do ensino superior, com apresentação de trabalhos. No nível da Educação Básica temos as feiras de ciências, que são também formas de avaliação desse trabalho desenvolvido na iniciação científica”, afirma a articuladora do NAPI Paraná Faz Ciência e membro da coordenação da Fecci, Débora de Mello Sant’Ana.

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Desde a preparação para a Feira, os alunos já começam a aprender inúmeros aspectos da metodologia da pesquisa científica. “Tudo isso aliado à vivência nos dias da Feira em si se transforma num treinamento científico muito importante para formação desses estudantes”, destaca a articuladora.

A Feira está sendo organizada desde julho, quando começaram as inscrições, que passaram de mil. Deste total, 381 trabalhos foram selecionados por uma grande equipe de diferentes instituições e esferas públicas, com o objetivo de unir esforços na divulgação e popularização da ciência no estado.

A gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Fundação Araucária, Fátima Padoan, ressaltou o papel fundamental da Instituição no fortalecimento da cultura científica no Paraná. “Quando apoiamos eventos como a Feira de Cultura Científica, não estamos apenas financiando atividades, mas também investindo na formação de uma geração de jovens curiosos, criativos e comprometidos com esse tipo de fomento é o que faz a diferença entre uma boa ideia e uma experiência transformadora".

"É assim que a Fundação Araucária cumpre sua missão, aproximando a ciência das pessoas e mostrando que a pesquisa começa ainda na escola, com incentivo, com estrutura e também com oportunidades reais de aprendizado”, salienta ela.

CIÊNCIA NA ESCOLA- Em Almirante Tamandaré, Região Metropolitana de Curitiba, no Lattes Clube, por exemplo, estudantes do Ensino Médio, da Escola Estadual Floripa Teixeira de Faria, desenvolvem pesquisas que vão da produção de bebidas fermentadas, no estilo refrigerante, à clonagem de plantas. “Criamos um laço muito grande e queremos ver o resultado crescer junto com a gente. Que dê novos clones”, diz Luiza Mariane de Souza, 16 anos, ao falar sobre o cuidado com a planta batizada de Felipe, em homenagem ao professor coordenador do clube.

O professor da Universidade Federal do Paraná e articulador do NAPI, Rodrigo Reis, faz questão de enfatizar o movimento de articulação junto às escolas e, especificamente, à Rede de Clubes Paraná Faz Ciência para ampliar a participação na Feira.

“É uma responsabilidade enorme o movimento que a gente está fazendo, trazendo estudantes e professores do Paraná inteiro, principalmente aqueles vinculados aos Clubes de Ciências. Vamos receber no câmpus da UTFPR quase 2 mil pessoas, o que gera uma expectativa gigantesca para que o evento seja o maior sucesso possível”, disse.

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Do total de projetos selecionados, 298 correspondem a projetos e trabalhos enviados pelos clubistas da Rede de Clubes Paraná Faz Ciências, coordenada pelo NAPI Paraná Faz Ciência. A Rede é resultado dos investimentos do Governo do Paraná, por meio da Fundação Araucária e da Seti, para financiar a participação de alunos e professores e do trabalho da equipe de todas as Instituições de Ensino Superior (IES).

A feira contará com espaços para estandes dos projetos das escolas e expositores, também uma grande área para o Parque da Ciência Newton Freire Maia e uma área de refeição exclusiva para as crianças que estarão apresentando trabalho; além da Doca, onde estarão estacionados os veículos de ciência móvel: Zikabus, MarBrasil e Carreta da Polícia Científica. O Museu Dinâmico Interdisciplinar (Mudi/UEM) também participa da Fecci com a exposição Corpo Humano, do projeto Muditinerante.

Haverá a participação de clubes de ciências de todas as regiões do Estado. Os trabalhos apresentados concorrem a prêmios. São produtos apreendidos, que foram doados pela Receita Federal, totalizando um lote de R$ 350 mil com eletrônicos e outros gadgets que serão entregues aos primeiros lugares das categorias participantes da Fecci.

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Serviço:

Fecci – Feira de Cultura Científica Paraná Faz Ciência

Data: 4 a 6 de novembro

Entrada gratuita e aberta à comunidade em geral

Local: UTFPR – Câmpus Neoville – Cidade Industrial de Curitiba (CIC) – Rua Pedro Gusso, 2601 - Curitiba