O governador Carlos Massa Ratinho Junior participou nesta segunda-feira (20) da cerimônia de premiação da 30ª edição do Programa Agrinho, promovido pela Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) com o apoio do Governo do Estado. Realizado no Expotrade Convention Center, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, o evento reuniu mais de 5 mil pessoas entre alunos, professores e representantes das redes pública e privada de ensino.
Com o tema “Festejando a conexão campo e cidade”, o Concurso Agrinho 2025 estimulou estudantes e educadores a refletirem sobre como o meio rural e o urbano se complementam e se fortalecem mutuamente.
Ratinho Junior ressaltou que o Agrinho cumpre um papel essencial ao despertar nas novas gerações o senso de responsabilidade ambiental aliado à valorização da produção de alimentos e à sucessão familiar no campo.
“Participar de um projeto como o Agrinho, junto com a Faep, é motivo de orgulho para o Governo do Estado. É uma iniciativa que une cultura, educação e consciência ambiental, preparando nossas crianças para um futuro em que o campo e a cidade caminham juntos. O Paraná é hoje o estado mais sustentável do Brasil, com a maior área de proteção da Mata Atlântica da América do Sul e programas de preservação das nascentes e bacias hidrográficas. Queremos que essa nova geração cresça entendendo que é possível produzir cuidando do meio ambiente”, afirmou.
O governador destacou também o papel dos colégios agrícolas, que contam com categorias específicas no Agrinho, na formação dos jovens que desejam permanecer no campo e empreender com o uso de novas tecnologias.
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“O Paraná é o estado que mais possui colégios agrícolas no País, e estamos modernizando essas escolas para formar uma geração conectada com a agricultura digital. A agricultura saiu da enxada e foi para os drones e aplicativos, que ajudam o produtor a ser mais eficiente e sustentável. Essa transformação é o que garante a continuidade do nosso campo e a permanência das famílias produzindo com tecnologia e consciência ambiental”, completou.
O presidente interino do Sistema Faep, Ágide Eduardo Meneguette, destacou que o Agrinho simboliza a união entre o campo e a cidade e reforça o papel transformador da educação na construção de uma sociedade mais sustentável. “O Agrinho mostra a importância do campo para a cidade e da cidade para o campo. É um programa que leva às escolas valores ligados à sustentabilidade e à cidadania, estimulando o pensamento crítico e o olhar inovador das crianças", disse.
"Atingimos mais de 1,1 milhão de estudantes com o apoio do Governo do Estado e de várias secretarias, em um trabalho conjunto que transforma o Paraná em referência nacional em sustentabilidade. Esse resultado é fruto do empenho de muitos, especialmente dos professores, que acreditam, se capacitam e aplicam o programa com dedicação em sala de aula”, afirmou Meneguette.
Ele ressaltou ainda que o incentivo à inovação é um dos diferenciais do projeto. “Os alunos são estimulados a pensar soluções reais para os desafios do campo, especialmente nas áreas de robótica e tecnologia. Quando identificamos ideias com potencial, buscamos parceiros para ajudá-los a transformar esses projetos em realidade. É gratificante ver como a educação pode gerar mudanças concretas e inspirar novas formas de desenvolvimento para o meio rural”, completou.
Neste ano, a rede estadual de ensino teve 152.898 projetos inscritos, com 158.511 estudantes participantes e a produção de 586 mil redações.
O secretário estadual da Educação, Roni Miranda, destacou que a parceria entre o Governo do Estado e o Sistema Faep vem se fortalecendo a cada edição, ampliando o alcance e o impacto do Agrinho nas escolas da rede pública. Segundo ele, o programa tem contribuído para aproximar os estudantes do campo da tecnologia e da inovação, tornando o ambiente rural mais atrativo para as novas gerações.
“Desde 2022, sob a gestão do governador Ratinho Junior, essa parceria vem crescendo e levando para dentro das salas de aula temas fundamentais como sustentabilidade e preservação ambiental. Este ano batemos um recorde: foram 586 mil redações produzidas nas mais de duas mil escolas da rede estadual e mais de 6 mil projetos de robótica desenvolvidos pelos alunos. É a tecnologia chegando ao campo, mostrando que o agro também é um espaço de inovação”, celebrou o secretário.
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ALUNOS PREMIADOS – A estudante Gabrielly Mem Belini, do Colégio Estadual 11 de Abril, de Tapejara, foi uma das premiadas do concurso Agrinho na categoria redação. Ela contou que já havia participado de outras edições e que essa foi a primeira vez em que veio a Curitiba para a cerimônia de premiação. “Eu já tinha participado outras vezes do Agrinho e ficado em terceiro lugar, mas é a primeira vez que venho a Curitiba para receber o prêmio. É uma experiência maravilhosa”, disse.
Na redação, Gabrielly explorou o tema da conexão entre o campo e a cidade a partir de uma história poética. “Minha redação fala sobre o amor de um pai e de uma filha, conectando o campo e a cidade. Isso me inspirou porque o meu pai veio do campo e eu fui criada na cidade. Quis mostrar como essas realidades são diferentes: a cidade é barulhenta, corrida, enquanto o campo é mais tranquilo”, explicou.
A estudante destacou que o Agrinho foi uma oportunidade transformadora. “O projeto abre portas para novas experiências e para conhecer outros lugares. É, de fato, uma experiência incrível”, afirmou.
Quem também recebeu destaque ficando em primeiro lugar entre as redações enviadas por escolas da região foi Iris Mayara dos Santos Mainardes, do Centro Estadual Seiji Hattanda, de Ibaiti. Ela contou que participou do concurso pela primeira vez este ano e que ficou muito feliz ao saber da premiação.
“Quando eu fiquei sabendo, fiquei muito feliz. Nossa, eu quase chorei, meu olho encheu de lágrima, porque realmente não esperava. Já tinha ido para a classificatória nos anos anteriores, mas nunca tinha vindo. Minha primeira vez aqui, estou muito feliz”, declarou. “Meu primeiro concurso. Espero que seja o primeiro de muitos”.
Já o estudante Darlan Costa, de 13 anos, do Colégio Cívico Militar Alberico Marques da Silva, de Santa Isabel do Ivaí, apresentou um projeto inspirado no campo e na tecnologia: um jogo criado por ele mesmo em que o personagem principal é um agricultor que esquece da festa da cidade e precisa ser ajudado a chegar até lá. “O jogador tem que ajudar o agricultor a recolher os alimentos e escolher os caminhos até a festa. Cada escolha leva a um final diferente, tem finais bons, ruins e até um final secreto”, contou o estudante.
Segundo ele, a ideia é valorizar o trabalho do produtor rural e mostrar a importância dos alimentos na vida das pessoas. “O que o agricultor produz vai para a cidade e vira comida na festa. Dependendo dos três alimentos que o jogador escolhe, o jogo termina de um jeito diferente”, detalhou.
Nesta edição, foram premiados 2.594 trabalhos em 15 categorias, com a participação de alunos de diferentes faixas etárias das redes pública, privada e também das Apaes. Os vencedores receberam smartphones, tablets, notebooks e projetores multimídia, além de três automóveis zero quilômetro destinados aos professores que se destacaram na categoria Experiência Pedagógica. Confira a relação completa AQUI .
AGRINHO – Criado em 1995, o Agrinho é o maior programa de responsabilidade social do Sistema Faep, e ao longo de três décadas já envolveu milhões de alunos e professores das redes pública e privada em todo o Paraná. A iniciativa promove a integração entre o campo e a cidade, fortalecendo valores como cidadania, sustentabilidade e educação no campo.
O programa é resultado da parceria entre a Faep e o Governo do Paraná, por meio das secretarias da Educação, Agricultura e Abastecimento, Justiça e Cidadania, Desenvolvimento Social e Família e Desenvolvimento Sustentável, além da colaboração de prefeituras e de diversas empresas e instituições públicas e privadas.
PRESENÇAS– Também participaram do evento o vice-governador do Paraná, Darci Piana; o secretário da Fazenda, Norberto Ortigara; o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Márcio Nunes; o secretário das Cidades; Guto Silva; o secretário do Desenvolvimento Sustentável, Rafael Greca; o secretário da Justiça e Cidadania; Valdemar Jorge; a secretária da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, Leandre Dal Ponte; o secretário do Trabalho, Qualificação e Renda, De Carmo; e o secretário da Administração e da Previdência, Luizão Goulart. Também participaram a ex-governadora Cida Borghetti e o ex-governador e secretário do Codesul-PR, Orlando Pessuti; o senador Sérgio Moro; os deputados federais Pedro Lupion, Sérgio Souza, Ricardo Barros e Rosângela Moro; os deputados estaduais Alexandre Curi (presidente da Assembleia Legislativa), Maria Victoria, Anibelli Neto; Fábio Oliveira, Márcia Huçulak e Luis Corti; o procurador-chefe do MPT-PR, Iros Losso; o diretor-geral do Senar Nacional, Daniel Carrara; o coordenador do G7 e presidente da Fetranspar, coronel Sérgio Malucelli, representando todo o G7; e a gestora do Programa de Erradicação ao Trabalho Infantil, desembargadora Rosemarie Diedrichs Pimpão.