Em situações de emergência, cada segundo conta. Cientes disso, em uma enquete informal, integrantes do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) constataram que muitas pessoas não sabem o número para solicitar assistência dos bombeiros. No Paraná, assim como em todo o Brasil, o telefone do Corpo de Bombeiros Militar é o 193 — atendimento voltado a acidentes, quedas, traumas, incêndios, resgates e situações de risco à vida.
“Saber para qual número ligar e quais informações repassar pode fazer toda a diferença para garantir que o socorro correto chegue o mais rápido possível”, comenta a capitã Luisiana Guimarães Cavalca, chefe da Comunicação Social do CBMPR.
As forças de segurança da Secretaria de Segurança Pública do Paraná (SESP) atuam de forma integrada para garantir uma resposta mais eficiente ao cidadão, mas cada força possui um número específico de sua central de atendimento. “Muitas pessoas confundem estes números de emergência e acabam ligando para o serviço errado, o que pode atrasar o atendimento”, ressalta a capitã.
O 193 deve ser acionado sempre que houver vítimas de acidentes, quedas ou situações que envolvam trauma físico, além de incêndios e salvamentos. Já o 192, do SAMU, é destinado a casos clínicos como, por exemplo, mal súbito, AVC, dor no peito ou falta de ar. A Polícia Militar do Paraná (PMPR), no 190, deve ser acionada em situações de crime, violência ou perturbação do sossego. A Polícia Civil do Paraná (PCPR) atende pelo 197, registrando denúncias sobre crimes, inclusive anônimas.
O atendimento pelo 193 é feito diretamente pela Central de Operações do Corpo de Bombeiros, que direciona o tipo de viatura mais adequada para cada ocorrência. Esta central também é responsável por acionar o SIATE (Sistema Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência), serviço que funciona por meio de uma parceria entre a SESP e a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (SESA), permitindo o atendimento pré-hospitalar de vítimas de traumas em via pública pelos bombeiros.
O sistema foi o primeiro do gênero implantado no Brasil, servindo como referência para os demais Estados da Federação. “Quando a pessoa liga para o 193, a central identifica se é necessário enviar uma ambulância do SIATE, um caminhão de combate a incêndio ou até uma equipe de oficiais para gerenciamento de ocorrências com múltiplas vítimas. Tudo depende da qualidade das informações recebidas”, explica a bombeira.
INFORMAÇÃO QUE FAZ A DIFERENÇA– Informações precisas e o mais completas possíveis, fazem a diferença em situações de emergência. O atendente precisa ter o endereço completo, número de vítimas e entender o que está acontecendo para direcionar a resposta adequada. As perguntas feitas durante a ligação são essenciais para definir o tipo de viatura e de equipe que serão enviadas, agilizando o socorro. Por isso, manter a calma e responder todas as indagações do atendente é fundamental.
No caso específico de atendimento pré-hospitalar, quando uma solicitação é feita através do 193, o atendente repassa imediatamente ao médico Coordenador do SIATE, responsável pela triagem dos casos. Ele é preparado durante a chamada para perguntar às vítimas todas as peculiaridades e, em seguida adotar as medidas necessárias para o socorro, em conjunto com o Chefe de Operações do Corpo de Bombeiros.
A capitã também reforça a importância de ensinar os números de emergência para todos os membros da família, inclusive as crianças. Muitas vezes, o socorro pode depender de uma ligação feita por elas. Manter os números anotados em locais visíveis — como na geladeira ou próximos ao telefone — pode ser decisivo em um momento de pânico.
Importante ressaltar que a ligação é gratuita e pode ser feita também de aparelhos celulares, mesmo com a tela bloqueada. Indiferente de marca ou modelo, os celulares possuem a função “ligação de emergência” logo na tela inicial, que já vem com os números nacionais padrão salvos, além de redirecionarem ligações de números de emergência de outros países como 911 e 112.
Números de emergência:
Orientações importantes em caso de emergência:
- Mantenha a calma.
- Tenha em mãos o endereço completo (rua, número, bairro e cidade).
- Informe com clareza o que está acontecendo e quantas pessoas precisam de ajuda.
- Ouça e siga atentamente as orientações do atendente — cada pergunta tem um propósito.
- Ensine crianças e idosos da casa a reconhecer e usar os números de emergência.
- Deixe os telefones anotados em locais visíveis (geladeira, mural, telefone fixo).
- Lembre-se: chamadas de emergência podem ser feitas mesmo com o celular bloqueado.