A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) faz uma avaliação positiva da primeira semana de atendimento do Serviço Móvel de Urgência (SAMU) Litoral pela Central de Regulação em Curitiba. A mudança teve início em 1º de outubro e, nos primeiros sete dias, foram realizadas 505 chamadas, número similar aos últimos sete dias do mês de setembro, quando 487 ligações foram recebidas pela Central de Regulação em Paranaguá.
Para o secretário da Saúde em exercício, César Neves, os números refletem a confiança da população paranaense no serviço e, acima de tudo, a decisão acertada da Secretaria em promover a unificação dos atendimentos na Central de Regulação de Curitiba, que favorece o direcionamento do paciente. Incluindo o fato de que agora toda a frota possui GPS, o que facilita a localização da unidade móvel e o encaminhamento para a ocorrência.
“Unificar a regulação de urgência e emergência é uma das propostas da Secretaria desde a primeira gestão do governador Ratinho Junior. Temos a certeza de que os números mostram que a resposta do sistema tem sido robusta. Conseguimos manter os atendimentos, agora com mais eficiência e equidade. Quando falamos em urgência e emergência não podemos perder tempo”, disse Neves.
Anteriormente, quando um chamado era atendido pela Central de Regulação em Paranaguá, em caso de necessidade de encaminhamento hospitalar para a Capital, era preciso conversar com a Central de Regulação em Curitiba e isso demandava mais tempo. Agora, isso é feito de imediato, com os profissionais do SAMU sendo orientados a encaminhar o paciente ao local para ser atendido.
“Na regulação por Curitiba o destino do paciente já é definido, diferente do que era antes. O regulador do Litoral precisava conversar com o regulador de Curitiba para buscar leitos na capital. Isso não acontece mais, porque é feito em tempo real. É um ganho para toda a população do Litoral, em eficácia e no encaminhamento do paciente para o hospital certo. Foi uma ação muito bem planejada, muitos estudos foram realizados para que o paciente seja melhor atendido”, reforçou.
ABRANGÊNCIA – A solicitação de atendimento ao Samu segue pelo 192 e a alteração abrange as sete cidades do Litoral do Paraná que estão na 1ª Regional de Saúde: Guaraqueçaba, Antonina, Morretes, Guaratuba, Pontal do Paraná, Matinhos e Paranaguá. A Central de Regulação do SAMU em Curitiba atende outros 38 municípios: capital, Região Metropolitana e cidades que estão na 6ª Regional da Saúde de União da Vitória. Com a entrada do Litoral, ela passa a ser responsável por 45 municípios.
ESTRUTURA ROBUSTA – O Paraná é hoje um dos estados mais bem estruturados do País para o atendimento de urgência e emergência: 100% do território coberto pelo SAMU, tempo médio de resposta de apenas 18 minutos e integração entre diferentes serviços. O sistema garante acesso rápido, seguro e eficiente à população.
Desde 2019, o Governo do Estado ampliou a cobertura do SAMU e entregou 91 ambulâncias ao SIATE, com investimento de R$ 44,8 milhões, reforçando a parceria com a Secretaria de Segurança Pública.
Alguns números apontam a dimensão do atendimento. Em 2024 foram 1,19 milhão de ligações ao SAMU e mais de 1 milhão de vítimas atendidas. Em 2025 (até agosto) foram 747 mil ligações e 628 mil atendimentos. Entre as internações reguladas, foram 868 mil em 2024 e 563 mil até agosto de 2025.
ATENDIMENTO – Quando ocorre uma situação grave, o socorro pode ser acionado pelo 192 do SAMU, ou pelo 193 do SIATE. O Samu atende emergências clínicas e traumas em geral, com 12 centrais em todo o estado. Já o SIATE, ligado ao Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR), é especializado em ocorrências traumáticas, como acidentes de trânsito e ferimentos graves.
O pedido chega às Centrais de Regulação, onde um médico avalia a gravidade do caso e define o recurso a ser enviado, ambulância básica, avançada ou até aeronave. A vítima recebe estabilização e primeiros socorros no local e, quando necessário, é encaminhada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que funciona 24 horas por dia.
Muitas vezes o problema é resolvido ali mesmo. Se houver necessidade de exames complexos, cirurgias ou internação, entra em ação a Central de Regulação de Leitos, que direciona o paciente para hospitais públicos ou conveniados ao SUS.
No Paraná, esse processo é realizado por duas centrais principais, Estadual e Metropolitana, além das Unidades Macrorregionais. O sistema funciona com apoio de equipes especializadas em todo o estado. Somente em 2024, foram 868 mil internações reguladas e em 95% dos casos o acesso ao leito ocorreu em até 24 horas.