Às vésperas de ter sua denúncia formalizada, o padre Genivaldo Oliveira dos Santos responde a acusações de crimes sexuais hediondos, curandeirismo e tráfico de drogas. O Ministério Público do Paraná (MP-PR) apresentará a ação na próxima sexta-feira (3), com base em um inquérito que revelou dez vítimas e uma suposta trama que se aproveitava da fé alheia.
As investigações, batizadas de "Operação Lobo em Pele de Cordeiro", foram concluídas pela Polícia Civil na segunda-feira (29) e detalham uma série de crimes cometidos de forma continuada. Entre as acusações, destacam-se estupro de vulnerável e violação sexual mediante fraude.
Um dos fatores que agrava a situação do padre, segundo as autoridades, é que os crimes teriam sido cometidos enquanto ele exercia sua função religiosa. A combinação de todas as penas previstas para os delitos ultrapassa a marca de 150 anos de prisão.
O acusado já está atrás das grades desde 24 de agosto, após tentar silenciar possíveis vítimas. Com a prisão preventiva prorrogada em setembro, Genivaldo aguarda o andamento do processo no Complexo Médico Penal, em Curitiba. A promotora Andréa Frias, que comanda a ação do MP, deve se pronunciar publicamente apenas na sexta-feira, durante a formalização da denúncia.