10°C 24°C
Nova Cantu, PR
O 2º Simpósio de Medicina de Precisão do Vale do Genoma teve início na noite da última quarta-feira (24), no Centro de Eventos Cidade dos Lagos. O encontro segue até sexta-feira (26) e reúne pesquisadores, profissionais da saúde, gestores e estudantes em torno de um objetivo comum: compartilhar conhecimento, discutir avanços e fortalecer a integração entre ciência e inovação em prol da saúde de precisão no Brasil.
O simpósio é realizado pelo Instituto de Pesquisa Genômica - IPEC Guarapuava em parceria com o Departamento de Medicina da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro). Conta com financiamento da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti) e da Fundação Araucária, além de apoio da Prefeitura Municipal de Guarapuava e do Cilla Tech Park.
Docente do Departamento de Medicina da Unicentro, coordenador do Programa Genomas Paraná e do Centro Âncora de Guarapuava do projeto Genomas SUS, o professor David Livingstone Alves Figueiredo lembrou que foi no primeiro simpósio, em 2023, que surgiu a ideia do Genomas SUS. “Hoje, o município já se consolida como um dos oito centros âncora do país, com foco não apenas em pesquisa, mas também na assistência ao SUS nessa área tão estratégica, que é a genômica, para diagnósticos mais precisos e terapias mais eficazes”, afirmou.
David acrescentou que a segunda edição do evento busca aprofundar as discussões em torno dos três pilares da medicina de precisão: epidemiologia, genômica e inteligência artificial. “A presença de pesquisadores de renome garante dias de conexão, reflexão e discussão, além de abrir para Guarapuava a possibilidade de novas parcerias e da construção de novos projetos. Nossa expectativa é fortalecer vínculos com especialistas e, ao mesmo tempo, estimular a comunidade acadêmica a se engajar cada vez mais nesse tema tão relevante e abrangente”, enfatizou o docente.
INVESTIMENTO ESTRATÉGICO– Durante a abertura, o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, afirmou que o Paraná celebra com entusiasmo o evento, que reflete os investimentos estratégicos realizados pelo estado. “Efetivamente celebramos este simpósio como um momento de discussão e de definição de caminhos, para que possamos escolher com precisão as estratégias de investimento e fomento, mantendo o Paraná na vanguarda desse processo”, disse.
“Só em Guarapuava, por meio da Seti e da Fundação Araucária, já aplicamos mais de R$ 25 milhões em projetos da rede genômica, Genomas Paraná e no Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação em Medicina e Saúde de Precisão coordenado aqui. Todos esses investimentos preparam o Estado, a partir da liderança de Guarapuava, para avançar na medicina 4.0”, apontou.
O reitor da Unicentro, Fábio Hernandes, reforçou a importância da união entre instituições de ensino e pesquisa. “O Vale do Genoma é uma realidade. Estamos reunindo pesquisadores do País, o que coloca Guarapuava e a nossa universidade como polo da pesquisa e do diagnóstico em saúde. Para nós é motivo de orgulho. Esse simpósio é reflexo de muito trabalho, pesquisa e união em torno de um propósito que já transformou a cidade em referência nacional. Hoje, Guarapuava, o IPEC, a Unicentro e todo o ecossistema de saúde estão de parabéns”, comentou.
O presidente do Conselho Fiscal do IPEC, Joseph Pfann Filho, também avaliou positivamente o impacto do instituto e do simpósio no município. “O IPEC é extremamente jovem, mas já se destacou nesse período realizando uma série de eventos e trabalhos de pesquisa em genômica. Trazer profissionais de fora é fundamental para que conheçam nossa realidade e o que se faz em Guarapuava. Tenho certeza de que os cursos de medicina vão se beneficiar muito com isso, pois a cidade está se tornando uma referência nesse processo, graças ao trabalho de pessoas altamente competentes”, dise.
A programação da primeira noite contou com duas palestras, “Genomas SUS: Pesquisa em Rede para Avançar a Integração da Genômica no SUS”, ministrada pela professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Adriana Bastos Carvalho, e “Equidade e Saúde Pública de Precisão”, conduzida pela professora da Universidade de São Paulo (USP), Tatiana Natasha Toporcov.
